segunda-feira, 28 de maio de 2012

1º Ultra-trail da Serra de São Mamede (Palavras, 3ª parte).

Do PAC7 ao PAC8 (Castelo de Vide, 74 km):
Hora de chegada ao PAC8à17:01 (13h01' de tempo de prova)
Neste troço continuei na companhia do Tomé, do Sousa e do Duarte...
Troço bem fácil na sua primeira parte em que fomos conseguindo bons períodos a correr, tempo também para muita conversa.
Já na segunda parte deste troço apanhámos mais uma subida, mais uma vez bem generosa, durante a qual passámos pelo menos dois concorrentes em evidentes dificuldades, apanhámos também o Joaquim Adelino que seguiu então connosco.
Já bem perto das cinco da tarde, já com bem mais que os 74 quilómetros que oficialmente nos levariam ao PAC8, numa fase ainda a subir, na ânsia de chegar perto da Isabel e da Vitória ganhei então um pequeno avanço aos meus companheiros.
Já nas imediações do PAC8 vi a a Isabel e a Vitória, esta última veio ao meu encontro trazendo nas mãos dois pequenos ramos de árvores que tinha improvisado como sendo dois bastões e seguiu junto de mim dizendo-me que eu ia ter que descer por umas cordas, logo depois cheguei junto da Isabel, breves palavras e segui com a Vitória por perto.
Topo conquistado, descida pelas cordas e estava no PAC8 com uma vista soberba sobre Castelo de Vide, com a simpatia dos elementos da organização mais uma vez a marcar presença e com uma mesa com os alimentos e líquidos mais que suficientes para que as forças não viessem a faltar até ao abastecimento seguinte.   
Logo depois chegaram os meus companheiros dos últimos quilómetros com quem haveria de sair para o troço seguinte não que sei antes me despedisse da Isabel e da Vitória e de uma última foto naquele local já sem a presença do Joaquim que recomeçou um pouco antes de nós.
[Fotos de Isabel Almeida]

Do PAC8 ao PAC9 (C. Provença, 88 km):
Hora de chegada ao PAC9à19:48 (15h48' de tempo de prova)
Na hora de recomeçar apesar de ser mais que certo que a prova ia ter mais que 100 quilómetros (como se viria a confirmar) o que na altura pensei foi no número de quilómetros que oficialmente faltariam, 26, pensei então que poderia senão terminar de dia pelo menos fazer boa parte desses quilómetros ainda com a luz do dia.
Neste troço após uma fase inicial a descer apanhámos mais uma subida, a qual ainda fiz com a companhia com que tinha vindo até então mas logo depois em que se correu quase a direito embora na encosta na serra fui-me distanciando e com isso vim a perder essa excelente companhia dos últimos mais que duas dezenas de quilómetros.
Na fase seguinte ligeiramente e descer e por trilhos sem qualquer dificuldade fui conseguindo correr em bom ritmo, fase em que passei dois participantes que seguiam a passo.
A dada altura encontrei num cruzamento 3 jovens e um senhor, perguntaram-me se queria água, agradeci e ainda tive direito a beber uma mini, tempo durante o qual fui conversando com eles, ao senhor menos jovem custou-lhe a acreditar que eu estava a correr desde as 4 da manhã, valeu-me a palavra dos jovens que confirmaram o que eu disse mas ainda hoje recordo aquele olhar incrédulo e suspeito mesmo que as palavras dos jovens não o terão convencido totalmente.
Na altura esses jovens disseram-me que faltavam 4 quilómetros para o abastecimento pelo que resolvi ao recomeçar impor um ritmo razoável, pouco depois comecei a ver ao longe um participante que seguia a passo, aos poucos fui-me aproximando e já bem perto dele vi que se tratava do Eduardo Santos (o presidente da "nossa" Associação Desportiva O Mundo da Corrida), troquei algumas palavras com ele que me disse que ia terminar mesmo que tivesse que fazer o resto a caminhar, disse-me também que ainda faltava uma subida antes do próximo abastecimento o que estranhei pois pelos quilómetros que calculava já ter corrido desde o local onde tinha estado com os jovens já devia estar perto desse mesmo abastecimento (no dia seguinte e em conversa com o Joaquim percebi por fim a informação dos jovens, os 4 quilómetros eram em linha recta...).
A subida lá apareceu, lá se fez e já na fase descendente de aproximação ao último dos abastecimentos ultrapassei uma dupla em que um dos elementos ia completamente desanimado e que achava que não ia terminar.
Por fim o último PAC, por lá e também acabado de chegar estava o Jorge Pereira, logo depois chegaram os dois elementos que tinha passado pouco antes.
Neste último abastecimento estive algum tempo sentado, o local convidava a ficar mas porque queria pelo menos fazer ainda a subida que logo de seguida teríamos ainda com a luz do dia decidi seguir ainda que sem companhia em busca dessa subida e da meta.

Do PAC9 à linha de chegada (Portalegre, 105 km):
Hora de chegada à metaà22:26 (18h26' de tempo de prova)
Ao recomeçar senti que tinha arrefecido pelo que decidi vestir o corta-vento e comecei quase de imediato a correr.
Ainda antes da tal subida, a última feita com a luz do dia, atravessei um campo ligeiramente a descer "pintado" de amarelo, muito bonito, logo depois tive que atravessar um campo onde pastavam uns touros que azar meu logo haviam de estar bem no local por onde eu tinha que passar mas lá me consegui safar.
Fiz depois toda a subida que se seguiu numa altura que a temperatura ia arrefecendo rapidamente e a luz do dia era cada mais ténue, esta foi curiosamente uma fase da prova que apreciei especialmente...
Já na fase seguinte fui apanhado pelo Jorge Pereira com quem seguiria depois, já de novo com o recurso aos frontais e com a visão da bonita cidade de Portalegre fomos surpreendidos por uma nova subida em direcção à serra sendo que nos quilômetros seguintes a meta era sempre uma miragem, quando parecia que daquela vez é que era lá aparecia nova subida que na altura parecia nos estar a afastar da ambicionada meta.
Depois de quase termos ido ao desespero, pintado a branco no chão a indicação de que faltava um quilómetro, este há muito o mais desejado, a última descida por um trilho não muito fácil e de novo na pista do estádio de onde tínhamos partido há mais de 18 horas por fim a linha de meta, a medalha de cortiça conquistada, o reencontro com a Isabel e a Vitória, com outros companheiros e amigos...
Após o banho tomado seguiu-se o jantar na excelente companhia da Isabel, da Vitória, Paula Fonseca, Ricardo Baptista e Ana. 
Seguimos depois para o nosso solo duro, assim que me deitei adormeci quase de imediato e sonhei com serras, rios, trilhos, também com castelos e princesas (obrigado às duas por fazerem parte dos meus sonhos).

[Fotos de Ana Ceríaco]

sábado, 26 de maio de 2012

1º Ultra-trail Serra de São Mamede (Palavras, 2ª parte).

Do PAC4 ao PAC5 (P. Espada, 48 km):
Hora de chegada ao PAC5à11:03 (7h03' de tempo de prova)
Este troço ao contrário do anterior começou logo a subir, fase durante a qual apanhei e ganhei algum avanço ao Joaquim, fase em que despi também o impermeável com que tinha vindo desde a hora da partida.
Seguiu-se uma fase a descer bem fácil em que passei pelo Brito que seguia a passo e me disse que tinha que desistir pois estava com problemas de ordem física que o impediam de correr, fiquei triste por ele, disse-lhe que tinha corrido algum tempo com a Otília e que ela vinha bem, depois segui.
Já na última fase deste troço, de novo a subir, alcancei já muito perto da zona de abastecimento um grupo que incluía a Teresa Afonso, Carlos Couto, Artur (das Lebres), Jorge Pereira (do clube BES) e uma outra atleta que não sei o nome.
Neste abastecimento havia mais uma vez simpatia a rodos, também um ou dois fogareiros a gás onde se assavam bifanas e chouriço, queijinho da terra e "minis".
Depois de comer e beber, de um dos elementos lá presentes me ter dito quando me sentei para ver o estado dos pés para estar à vontade, para me considerar em minha casa, lá segui numa altura em que o grupo que anteriormente tinha apanhado já ter seguido (de todos só viria a ver ainda no decorrer da prova o Jorge Pereira) e sem que os meus companheiros mais frequentes das primeiras horas (Joaquim e Grupo da Célia) ali tivessem chegado.

Do PAC5 ao PAC6 (Marvão, 58 km):
Hora de chegada ao PAC6à13:34 (9h34' de tempo de prova)
Ao recomeçar pensei que o ponto seguinte seria Marvão, sabia que não era pêra doce o que nos esperava mas saber que teria a Isabel e a Vitória em Marvão levou-me a partir com a moral bem em alta, troço que fiz praticamente sem ninguém por perto, quer na fase inicial relativamente fácil, quer na fase intermédia onde contornámos todo o Castelo de Marvão, fase em que tivemos que passar por dentro de um rio...
Já na fase de aproximação à zona urbana de Marvão já bem a pique apanhei o Jorge Pereira e um outro companheiro (penso que madeirense) e com eles segui, segundo a informação dos seus "gps" (eu usei apenas um relógio já que o meu "garmin" está no estaleiro) estávamos bem perto dos 58 quilómetros de prova pelo que estaríamos quase a entrar no castelo onde íamos ter o abastecimento.  
Por fim já bem perto do castelo começámos a subir uma escada de acesso ao mesmo, mas fomos então surpreendidos com a indicação dada por um elemento da organização de que o caminho não era por ali, indicou-nos que teríamos que descer e seguir as fitas que efectivamente lá estavam, o que fizemos, umas dezenas de metros andados e porque não havia meio de ver o fim da descida, deixámos mesmo de ter o castelo no nosso campo de visão, começamos a pensar se não estaríamos a seguir o caminho de saída…
Mas não, estávamos de facto no trilho certo pois depois de bem descer lá vimos a indicação para cortar para a nossa esquerda seguindo-se depois uma subida as castelo por uma vereda bem a pique, esta terá sido para mim a fase mais complicada da prova, tive mesmo que parar uma ou duas vezes durante a subida, o ter estado antes tão perto do castelo não ajudou nada…
Por fim a porta por onde entraríamos no castelo à vista, a Isabel por perto com a máquina fotográfica na mão, da minha parte apenas um esboço de um sorrisso, já dentro do castelo vi a Vitória que estava por perto da Paula Fonseca, esta deu-me logo ali um bolo tal devia ser o meu ar de exaustão.
Segui depois a passo com a Vitória pela mão, altura em que passaram por nós vários participantes entre os quais o Joaquim e o grupo da Célia.



Já nas escadas que davam acesso ao PAC6 (oficialmente estaria no km58 mas na realidade esteve já acima do km60) vi o amigo João Bucho (atleta do ACP ainda que a residir actualmente em Lisboa, ia tomando nota do número de dorsal dos que iam chegando), João Bucho que conheci recentemente e que é pai de um menino da creche onde a Isabel trabalha.
Tratei logo de ir comer, o amigo Ico ainda por lá estava e ainda deu para tirar uma foto antes de ele retomar a sua prova.

Se bem que aquém do que esperava encontrar, para mim foi mesmo o abastecimento menos bom, acabei por conseguir compor uma refeição que me satisfez plenamente.
De seguida tratei de mudar calmamente de roupa sem esquecer de verificar o estado dos pés que felizmente apesar de encarquilhados quanto ao resto estavam bem.
Antes de retomar a minha prova tempo ainda de beber um café na esplanada por cima do abastecimento na companhia da Vitória, da Isabel e da Paula que por essa hora almoçavam naquele local.
Numa última olhadela pela sala do abastecimento vi então por lá a Otília, troquei algumas palavras com ela, falámos do Brito, de seguida e depois das últimas despedidas naquele local retomei a prova numa altura em que todos os que tinham chegado pouco antes ou depois de mim já o tinham feito.
Do PAC6 ao PAC7 (Carreiras, 67 km):
Hora de chegada ao PAC7à15:45 (11h45' de tempo de prova)
Quase de imediato deparei com uma descida na célebre calçada medieval que nos haveria de fazer companhia nas próximas horas, naquela fase foram cerca de 3 quilómetros em que praticamente não corri pois sempre que o tentava sentia fortes dores nos pés.
Já na fase plana que se seguiu em que percorremos uma zona ajardinada junto às piscinas recomecei por fim a correr, a dada altura de um dos cafés lá existente vejo sair um trio com quem haveria de seguir nos próximos quilómetros, o meu companheiro de equipa Hélder Tomé acompanhado do Luís Sousa e do Luís Duarte (atletas das Asas do Milénium).
De trio passámos a quarteto e os quilómetros seguintes acabaram por se passarem bastante bem, trotando nas descidas e nas rectas que iam surgindo, andando nas subidas, sempre na galhofa, lá chegámos ao PAC 7 (oficialmente estaria no km67 mas na realidade esteve por volta do km70).
Tempo suficiente para beber e comer alguma coisa, para algumas palavras com o pessoal que por lá estava e segui com os meus companheiros dos últimos quilómetros para o troço seguinte de novo com a moral em crescendo pois sabia que teria de novo a Isabel e a Vitória nesse ponto.

[Fotos de Isabel Almeida]
[continua]

quinta-feira, 24 de maio de 2012

1º Ultra-trail Serra de São Mamede (Palavras, 1ª parte).

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


Trecho de “Cântico Negro” de José Régio


Da partida (Portalegre) ao PAC1 (Viveiro, 10km):
[Foto de Isabel Almeida]

Ainda nos metros iniciais em plena pista do estádio passei pela Isabel e pela Vitória, bati na mão da minha "menina de ouro" e sorri para as duas, segui depois no meio de mais de centena e meia de "loucos" que a um sábado às 4 horas da manhã partiam à aventura de calcorrearem mais de 100 quilómetros por montes, vales, trilhos, rios, castelos e o mais que encontrassem pela frente.
Os quilómetros iniciais já com a companhia da chuva correram rápidos, logo depois e na fase do rio devido à chuva optei por fazer uma paragem para limpar os óculos, cedendo então a passagem aos companheiros que vinham atrás, entre eles a Célia, a Teresa Afonso, o Joaquim Adelino...
Após a passagem pela linha de água deu para correr rápido e aproveitei então para recuperar algum do tempo perdido.
A chuva continuava a dificultar-me bastante a visão pelo que não querendo de todo vir a sofrer alguma queda optei então por seguir calmamente pelo menos até ao nascer do dia.
Segui nessa fase na companhia do Joaquim, a espaços íamos tendo a companhia quer da Otília que seguia com um seu companheiro de equipa, quer da Célia que seguia com um grupo de 2 ou 3 companheiros.
Foi ainda com chuva que chegámos ao PAC1, os 10 primeiros quilómetros estavam feitos.
Controlo de passagem, comer e beber e, seguir para o seguinte…

Do PAC1 ao PAC 2 (Alegrete, 17km):
Hora de chegada ao PAC2à6:04 (2h04' de tempo de prova)
Os quilómetros entre o 1º e o 2º PAC revelaram-se bem fáceis, continuei a fazer dupla com o Joaquim, continuámos a espaços a ter a companhia, quer da dupla Otília e companheiro do CLAC, quer da Célia e companheiros que com ela seguiam.
O nascer o dia que se anunciava em cada metro de terreno ganho ia-me sabendo muito bem, adoro ver e sentir o nascer do dia.
Foi já com os primeiros raios de luz que entrámos numa povoação onde nos esperava em cima de um coreto uma farta mesa de pequeno-almoço, isto é, o 2º PAC.
Inesquecível o delicioso sabor do doce lá existente, comi uns quantos quadrados e souberam-me mesmo muito bem.
Por mim tinha por lá ficado bem mais tempo tal como disse aos elementos da organização lá presentes mas os meus companheiros dos últimos quilómetros estavam com fome de correr e seguiram quase de imediato, pouco depois parti também em busca do 3º PAC e desses companheiros.

Do PAC2 ao PAC 3 (Antenas, 30km):
Hora de chegada ao PAC3à8:23 (4h23' de tempo de prova)
Na fase inicial deste troço entre o 2º e o 3º PAC a situação não foi muito diferente da anterior em termos de grupos.
Já na fase da subida às antenas, o ponto mais alto deste ultra-trail, subida que fiz já sem a companhia dos meus anteriores companheiros foi dando para passar alguns outros e cheguei sem companhia ao PAC 3 se bem que pouco tempo depois tenha chegado o Joaquim, também ele a fazer uma boa subida.
Mais uma vez a simpatia dos elementos e a "mesinha" à maneira obrigaram-me a ficar ali algum tempo, falei com os dois concorrentes que por lá estavam tapados com um cobertor (um tinha torcido um pé, o outro estava com náuseas, ambos tinham desistido).
[Foto de Henrique Narciso - CLAC]

Quando o Joaquim decidiu continuar disse-lhe que sim, para seguir, pouco depois e quase de certeza de ter comido ou bebido mais alguma coisa, agradeci aos voluntários lá presentes e segui, de novo no encalço do "pára" que quase nem "parava" para comer, o homem estava endiabrado para correr.

Do PAC3 ao PAC4 (Apartadura, 38km):
Hora de chegada ao PAC4à9:42 (5h42' de tempo de prova)
Troço praticamente sempre a descer, na fase inicial a pique, fase em que dadas as minhas habituais dificuldades a descer tive que seguir algo lento, sendo que fui então ultrapassado pela Célia e seus companheiros que seguiam bem rápidos.
Pouco depois apanhei o Joaquim e seguimos juntos, mais tarde foi a nossa vez de passar a Célia e companheiros e já na fase final deste troço ganhei algum avanço e cheguei sem companhia à barragem onde estava o 4º PAC, mais do mesmo, simpatia e mesinha à maneira até com direito a chouriço acabadinho de assar.
Enquanto me ia deliciando a comer, também a conversar com o casal Conchinhas do Clube do Stress, ambos já fora de prova devido à queda ao rio do José aos 10 quilómetros, chegou o Joaquim e logo depois o grupo da Célia que por lá ficou quando eu decidi continuar numa altura em que o Joaquim já tinha seguido sem que não antes me tivesse convidado a seguir com ele.

[continua]

segunda-feira, 21 de maio de 2012

50 (XX - Portalegre).

Ano: 2012
Local: Portalegre, Portugal.

No passado dia 19 de maio fiz um 2 em 1, bati o meu recorde de maior distância de corrida (105 quilómetros, antes 102) e de maior tempo de corrida (18h26'30'', antes 14h25')…
Foi no 1º Ultra Trail São Mamede, prova que teve partida às 4 horas da manhã e um tempo limite de 24 horas para os anunciados 100 quilómetros (que acabaram por ser 105).
Nas minhas anteriores experiências nestas distâncias ou tinha coemçado de noite e acabado de dia (Caminhos do Tejo 2011 e Mérida 2012) ou tinha começado de dia e acabado de noite (Ronda 2011). 
Na 4ª vez em provas de 3 dígitos saboreei pois também algo totalmente diferente dessas anteriores experiências pois desta vez comecei a correr de noite, corri o dia inteiro e terminei já de novo noite, indiscritível mesmo.
Mais uma vez não estive só nesta demanda, a Vitória e Isabel estiveram comigo na partida e ao longo das longas horas que seguiram (Marvão, Castelo de Vide e Portalegre), curiosamente um triângulo que visitámos em 2007 e que na altura relatei aqui.
Portalegre foi mais um marco no caminho também ele já longo que me levará ao local mais desejado, assim o espero...
Sábado, dia 19 de maio de 2012, pouco antes das 4 horas da manhã.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

50 (XIX - q.b.).

No próximo mês estão marcadas duas novas provas, diferentes q.b. para me terem desde logo chamado a atenção, sorte minha serem aqui na margem sul, quase à porta de casa, claro que já estou inscrito e conto estar em ambas.

Dia 17 de junho - 1ª Prova do Sal  


Dia 24 de junho - Corrida da Volkswagen

sábado, 12 de maio de 2012

50 (XVIII - Hope).

Ano: 2012.
Local: Parque das Nações (Lisboa), Portugal.

Decorreu hoje de manhã mais uma Corrida Terry Fox em Portugal, a 17ª.
Mais uma vez a família esteve presente, pelos que já partiram, porque queremos continuar acreditar que o cancro não nos pode continuar a ganhar, esta é uma corrida que todos, estou certo, gostávamos de ganhar.
Como habitualmente nestas manhãs costumo caminhar na companhia da Isabel e da Vitória, este ano a Vitória é que não esteve para aí virada e saiu disparada a correr, terminou na companhia do nosso amigo Mário Lima.

domingo, 6 de maio de 2012

50 - (XVII - Areia).

Ano: 2012.
Local: Costa da Caparica, Portugal.

Numa organização da "Associação Desportiva O Mundo da Corrida" disputou-se hoje de manhã a IV Meia-maratona na areia, prova corrida no areal na Costa, este ano uma autêntica pista.
Estive em todas as quatro edições desta prova , nas duas primeiras a correr, há um ano como voluntário num dos abastecimentos e hoje de novo a correr.
Numa organização 5 estrelas (falo como participante e não como membro do Mundo da Corrida) esta é uma prova única, bela como poucas...
Para todos os meus companheiros do "Mundo da Corrida" um grande abraço, é bom fazer parte da família.
Esta como não podia deixar de ser é dedicada à "mãe" da Vitória, a minha querida Isabel.
Para todas as mães um dia imensamente feliz.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

50 - (XVI - Primeiro).

Ano: 2012.
Local: Lisboa, Portugal.

Primeiro de maio, dia do trabalhador, dia de correr nas ruas de Lisboa, para mim hábito antigo, a primeira vez que corri num primeiro de maio foi também em Lisboa, também numas comemorações promovidas pela CGTP-Intersindical, partimos então dos Restauradores e terminámos na Alameda, corria então o ano de 1977...
Neste 2012 partimos e terminámos na pista do estádio 1º de maio e percorremos como habitualmente muitas artérias da capital, percurso fácil de 15 quilómetros numa prova com novo record de participantes.
Esta é uma prova de estrada que tento nunca perder, muito mais que uma corrida, uma maneira de comemorar o dia do trabalhador...
Como sempre tem acontecido nas provas do primeiro de maio a Vitória cortou a meta comigo, como sempre a Isabel esteve presente.
Um prazer rever tantos e bons amigos.