segunda-feira, 7 de março de 2011

II Trail de Conímbriga Terras do Sicó (Palavras "continuação").

Da Aldeia do Poço ao 2º abastecimento (Fonte Coberta):
Saí em bom ritmo até porque sabia que não era para durar muito pois também sabia a subida que nos esperava pouco depois, assim que o terreno empinou passei a caminhar, à medida que íamos subindo alargava o campo de visão que os nossos olhos alcançavam, já lá bem em cima abriu-se o campo para correr, passei pelo marco geodésico, saboreei avidamente tudo aquilo que os meus sentidos me iam transmitindo, a sensação do céu ali tão perto, logo depois uma longa descida com muita pedra à mistura durante a qual fui ultrapassado por alguns atletas, após a qual se seguiu uma fase praticamente plana e por carreiros onde dava para correr a um bom ritmo, em menos de nada estava a chegar à zona do 2º abastecimento (Fonte Coberta).
Bebi isotónico e segui.

Da Fonte Coberta ao 3º abastecimento (Serra de Janeanes):
Quase de imediato cheguei à zona de separação das provas, continuava a ter outros companheiros por perto, algo que sucedeu durante a quase totalidade dos quilómetros corridos.
Pouco depois numa nova subida bem acentuada passei a caminhar, tentei manter um ritmo vivo, à minha frente ia vendo muitos dos que iam progredindo no terreno, em fila indiana quase todos seguiam a passo, já no topo era vê-los a retomarem o passo de corrida.
Assim que o terreno o permitiu retomei também eu a corrida e na fase seguinte aproveitei vários troços que o permitiam, alguns dos quais a descer, para esticar ao máximo pois sabia que estava para vir outra subida já que o abastecimento seguinte seria em plena Serra de Janeanes, como já esperava, pouco depois o terreno voltou a empinar, voltei a caminhar, na fase inicial por um carreiro entre muros de pedras, mais tarde e já no interior na Aldeia de Janeanes embora pudesse correr sem problemas de maior optei por continuar a caminhar até chegar à zona do abastecimento pois sabia-o bem perto pelas vozes que lá vinham.
Fui recebido com os incentivos da Dina e da Eliana, recordo-me da frase desta, "não dá mole mundo da corrida", sorri na altura, parei, peguei num copo de isotónico e fugi para a sombra junto à carrinha lá estacionada, olhei a encosta que já tínhamos feito, continuavam a chegar participantes, recebidos em festa, recebidos com uma mesa bem recheada, bebi mais um copo de isotónico e retomei a prova.

Da Serra de Janeanes ao 4º abastecimento (Casmilo):
Dava para ver que íamos continuar a subir pelo que decidi continuar como tinha vindo até então, a passo mas tentando manter um bom ritmo de progressão, por fim mais um topo conquistado, o do moinho, mais vistas deslumbrantes.
Seguiu-se depois um trilho bem rápido se bem que para mim com toda aquela pedra à mistura não foi fácil tirar proveito disso, trilho longuíssimo, como quase sempre me acontece nas descidas fui ultrapassado por alguns participantes, também como sempre quando dava para esticar tentava recuperar algum tempo o que terei conseguido na fase seguinte da prova em que corremos por carreiros entre muros de pedra já que consegui "encostar" a um numeroso grupo de participantes e segui junto deles até à zona do abastecimento, o de Casmilo.

De Casmilo ao 5º abastecimento (Peixeiro):
Logo depois segui num bom ritmo aproveitando esse troço do percurso que assim o permitia e antecipando que o que estava para vir ia-me obrigar de novo a caminhar.
Como esperava em menos de nada estava a fazer a longa subida até ao ponto mais alto da prova, o santuário da nossa senhora do círculo, ainda assim uma subida que embora bem extensa acabou por se revelar menos dura do que esperava, uma subida que se revelou também para mim um dos troços do percurso de que mais gostei.
Cheguei ao topo onde existia um controlo da passagem dos participantes naquele ponto, logo depois seguiu-se a inevitável descida, a qual fiz num bom ritmo, terei mesmo exagerado um pouco.
Pouco depois comecei a ouvir a "buzina" da Iolanda que sabia que estaria no próximo abastecimento, abastecimento onde cheguei isolado e onde não estive muito tempo.

De Peixeiro à linha de chegada (Condeixa-a-Nova):
Logo após ter saído desse último abastecimento e até à meta fui tendo a companhia do Francisco Bossa (do Mundo da Corrida), também fomos passando por muitos dos caminheiros.
Fase final que ainda teve uma parte "espinhosa" com uma passagem por uma zona com muita silva e quase sem definição do trilho a seguir.
Já na recta da meta a certeza que não teria a Vitória para juntos conquistarmos mais uma meta, logo depois passei a linha de chegada destes meus primeiros trilhos por terras do Sicó.
A terminar dizer que a Isabel colaborou com a organização tendo estado na Aldeia do Poço, local do 1º abastecimento das 3 provas (trail, mini-trail e caminhada), também do 2º abastecimento do mini-trail e da caminhada, organização que está de merecidos parabéns pelo excelente evento que foi este II Trail de Conímbriga Terras do Sicó.

4 comentários:

joaquim adelino disse...

Parabéns António, pela corrida já tive oportunidade de o fazer no local, agora volto a fazê-lo pelo excelente relato da prova, fez-me reviver os locais por onde passámos, e que por ser diferente do ano anterior deixa sempre alguma curiosidade já que na maior parte das vezes passamos pelas povoações e desconhecemos por completo os seus nomes. Ás vezes nem temos tempo para as observar e admirar, o que é uma pena.
Um abraço para a família.

luis mota disse...

O relato perfeito da prova de Sicó. Parabéns António.
Uma boa semana para vós,
Luís Mota

Fernando Andrade. disse...

Grande António. Nem os nomes das aldeias te escaparam. É justíssima a referência a esses lugares que têm o mesmo direito que os outros a serem divulgados, ainda por cima, num relato muito bem feito do que foram os Trilhos por Terras de Sicó.
Parabéns, António.
Abraço.

mariolima52 disse...

António

Ou tens uma excelente memória fotográfica ou tinhas a "lição" bem estudada. Contigo, como leitor, já sei por onde andei.

Excelente.

Abreijos.