domingo, 31 de janeiro de 2010

A 1ª vez além-fronteiras.

Na terra onde em tempos muitos portugueses iam buscar caramelos foi também onde hoje participei pela 1ª vez numa prova fora de Portugal na que foi também a minha primeira prova em 2010 e a minha terceira maratona em 3 meses (Porto, 8 de Novembro; Lisboa, 6 de Dezembro e Badajoz, 31 de Janeiro).
Em breve voltarei a falar desta Maratona de Badajoz.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uma semana atípica.

Na última semana consegui treinar 4 vezes, coisa pouca, algo mesmo bastante habitual para a grande maioria do "pessoal" que corre, mas isto há "pessoal" e "pessoal", sendo que no meu caso terei que recuar à semana de 14 a 20 de Setembro do último ano para encontrar uma semana com igual número de dias de corrida.
Se de facto tenho conseguido nestes últimos anos correr regularmente certo é que tem sido à custa dos meus habituais e quase "religiosos" 3 treinos semanais, motivo pelo qual realizar o 4º treino semanal é sempre um "elevar" da fasquia, que sabe sempre muito bem ainda que como foi o caso tal facto não tenha sido planeado e tenha começado a tomar forma só na tarde de sábado.
Até então e como habitualmente durante os dias úteis da última semana tinha realizado 2 treinos, também como habitualmente tinha previsto realizar o 3º e último treino da semana na manhã de domingo.
Mas como disse, sábado à tarde, as coisas tomaram outro rumo, a Isabel começou por me "picar" para ir correr, disse-me que tinha ligado para a irmã e falado com o Veloso, que lhe tinha dito que eu ia correr, reagi quase de imediato e respondi-lhe que então tínhamos que "dar corda aos sapatos" para ainda conseguirmos correr de dia.

Assim ao final da tarde de sábado lá segui na companhia do meu cunhado para o Parque da Paz, local onde fizemos uma hora de corrida contínua lenta, foi também uma hora de conversa em que falámos de coisas boas, também das menos boas, foi acima de tudo uma hora muito agradável, em especial para mim já que geralmente corro sozinho, motivo pelo qual correr com companhia torna-se sempre um momento muito agradável.
No final dessa horinha de corrida, já noite feita, estivemos um pouco à conversa com a Filipa Vicente que também tinha acabado de realizar mais um treino.

Ontem, depois de uma tarde passada em família, realizei o meu treino longo da semana, comecei por volta das 8 horas da noite, optei por ficar por perto de casa, "perto de casa" que foi um dos nomes que equacionei dar a este blog quando o criei, foi pois como disse por perto de casa que corri durante 1h50', tempo de corrida que me soube mesmo muito bem, muito agradável correr a horas já tão tardias, em especial num domingo, muito bom sentir na pele o frio, lutar contra algum vento que se fazia sentir, saborear a paz da noite, muito bom voltar a casa…

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Palavras de...Haruki Murakami.

"...Não é que não tenha espírito de competição. Acontece simplesmente que, por uma ou outra razão, desde miúdo que nunca me preocupei com a questão de ganhar ou perder no confronto com alguém. E esse foi um sentimento que permaneceu intacto quando entrei na idade adulta. Ganhar a este ou àquele não me diz rigorosamente nada. Interessa-me, isso sim, alcançar os objectivos que me propus, razão pela qual a corrida de longa distância se revela a disciplina ideal para um indivíduo com a minha mentalidade..."

excerto do livro de Haruki Murakami, "Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo", Casa das Letras.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DE REPENTE, OS OLHOS SÃO PALAVRAS

QUEM FUI? O QUE FUI?
O QUE SOMOS?

NÃO HÁ RESPOSTA. PASSÁMOS.
NÃO FOMOS. ÉRAMOS.
OUTROS PÉS, OUTRAS MÃOS,
OUTROS OLHOS.

MAS APRENDI MUITO MAIS
COM A GRANDE MARÉ
DAS VIDAS, COM A TERNURA
VISTA EM MILHARES DE OLHOS
QUE ME VIAM AO MESMO TEMPO.

PABLO NERUDA

Ano: 2010. Local: Margem Sul do Tejo.
Nas ruas a tranquilidade própria das manhãs de domingo, ruas em que um homem vai passando a correr, homem que leva uma pequena mochila às costas, uma garrafa de água em cada uma das duas bolsas exteriores e laterais da mochila, em duas outras pequenas bolsas da mochila leva umas saquetas de gel e um telemóvel, dentro da mochila vai um impermeável, uma garrafa de água, algumas moedas…
O homem adora estas manhãs de domingo, durante nunca menos que 2 horas, geralmente 2h20 a 2h30, por vezes um pouco mais, o homem corre, sempre sozinho, nem mesmo a música que por vezes lhe faz companhia quando corre, o acompanha nestas manhãs de domingo, por vezes enquanto corre o homem pensa nas suas meninas, que como quase sempre em manhãs iguais a esta, ainda dormiam à hora em que ele tinha saído para correr, em pouco mais o homem pensa enquanto corre.
O homem olha agora o mar, também a cidade ainda menina estendida a seus pés, durante alguns segundos delicia-se com aquela magnífica vista, pouco depois de ali ter chegado o homem que nesse tempo nunca parou de correr, retoma o caminho por onde tinha vindo, aumenta ligeiramente o ritmo da sua corrida, o percurso sempre a descer também ajuda a isso, as palavras de Neruda ali tão perto, sempre presentes, sempre vivas na sua memória.

Em pouco tempo o homem corre agora no coração da cidade que há minutos tinha acabado de contemplar, ruas carregadas de boas recordações para o homem.
O homem agora está bem perto do mar, pisa a areia solta da praia, os seus olhos saboreiam quase avidamente o mar revolto, sente na pele o mês de Janeiro.
Enquanto continua a correr o homem olha o areal da praia, olha também para o relógio que leva colocado no pulso, verifica que está a correr a 1h15, resiste à tentação de continuar a correr junto ao mar e toma a direcção da estrada, tenta aumentar o ritmo da sua corrida, redobra a atenção aos carros com que se vai agora cruzando frequentemente, passam vários grupos de ciclistas, sucedem-se as entradas nas muitas praias existentes, depois de alguns quilómetros sente que a estrada começa a inclinar-se, o homem olha em frente, sente vozes vindas de trás, pouco depois começa a ser ultrapassado por ciclistas que seguem à sua direita.
Chega ao cimo da subida, a curva para a direita, o homem tenta recuperar do esforço da subida, olha mais uma vez em frente, estrada ladeada de ambos os lados por muito verde, cruza-se com mais dois ciclistas, olha de novo o relógio, 1h50 de corrida, o verde dá lugar a uma variedade de cores das casas que ladeiam a estrada em que o homem agora corre, aumenta o número de carros com que se cruza, chega às duas horas de corrida, aproveita a descida para aumentar o ritmo da corrida, de novo o verde a ladear a estrada, os quilómetros a sucederem-se, mais uma subida, curta mas íngreme, 2h15, últimos quilómetros de corrida já perto de casa, o homem olha o relógio que marca 2h30, carrega num botão e o tempo pára de contar, pára também ele de correr...

Nota) A foto deste post é da autoria de Isabel Almeida, de Fevereiro de 2009, Monumento "Mil Olhos" - Miradouro do Convento dos Capuchos, na Caparica.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Lisboa a nossos pés...

Ontem foi dia de estar com familiares e amigos na festa do 50º aniversário de um dos meus cunhados, também de ter Lisboa a nossos pés...

Por falar em pés...depois de no último ano ter feito muitos quilómetros como os meus Nimbus10, neste 2010 já a correr seguem-se uns Nimbus11, aquisição de sexta-feira passada...

Que se vão juntar aos Asics Gel-Kinsei2 e aos Pegasus25, ambos ainda com bastantes quilómetros para fazer, fica-me a faltar "algo" para trail...

sábado, 9 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

As minhas provas em 2009.

No passado ano de 2009 participei nas 33 provas que constam no quadro em baixo, tendo corrido nessas provas 571,7 quilómetros.








Como será em 2010?