segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

22º G. P. de Carnaval do Alto do Moinho.

No passado domingo participei na que foi a minha primeira prova em 2008, o “22º Grande Prémio de Carnaval do Alto do Moinho”, prova organizada pelo Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho, clube surgido nos pós 25 de Abril e considerado Instituição de Utilidade Pública desde 3 de Novembro de 1983.
Entre as muitas actividades do clube (com destaque para o andebol) conta-se também o atletismo, modalidade na qual o clube possui uma forte equipa, em especial nos escalões de veteranos.
Já tinha participado neste “Grande Prémio” há cinco anos, foi então uma das primeiras provas em que participei após o meu reinício da prática da corrida em Setembro de 2002 e já então, tal como este ano, tratar-se de uma prova disputada à porta de casa foi o motivo mais forte para ter participado.
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No passado domingo acabámos por sair de casa já depois das 9h30 e nos poucos minutos que demorámos a chegar ao Alto do Moinho a Vitória fez questão de ir a ouvir o CD de músicas do espectáculo que vimos da tarde do passado sábado, nas ruas já muitos atletas faziam o aquecimento, estacionei o carro pertinho do local de partida e fui levantar o meu dorsal.
Houve alguma confusão com a hora da partida que acabou por ser às 10h e não às 10h15 que era a hora que constava como a da partida.
A prova com uma extensão de 11.400 metros (2 voltas de 5.700 metros) teve partida e chegada junto ao pavilhão gimnodesportivo do clube organizador, percorreu algumas artérias do Alto do Moinho, Corroios, Vale de Milhaços e Pinhal do Vidal, locais pertencentes a Corroios, uma das 6 freguesias do concelho do Seixal, distrito de Setúbal, na designada “outra banda” (ou, nas recentes e infelizes palavras do ministro…no “deserto”).
Corroios que foi elevada à categoria de vila em 19 de Maio de 1993 e é actualmente a 2ª vila mais populosa do país.
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A prova teve marcação dos quilómetros, um abastecimento sensivelmente a meio e um controlo de passagem dos atletas.
O trânsito esteve cortado mas tal não foi impeditivo de alguns carros se misturarem no meio dos atletas, facto bastante revelador da falta de civismo que continua infelizmente a existir.
No final cada atleta recebeu um saco com uma água e uma t-shirt.
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Para mim esta foi uma prova bastante agradável, tentei manter um ritmo constante ao longo da mesma, o que mais ou menos consegui, passei aos 5 kms com 23’18’’, aos 10 kms com 46’01’’ e terminei…de mão dada com a Vitória…com 52’45’’.
Classifiquei-me no lugar 134 (terminaram 261 atletas) e no meu escalão (Veterano III) classifiquei-me no 19º lugar (terminaram 28 atletas).
Dos 261 atletas classificados na meta, 250 eram do sexo masculino representado 95,79% do número total e 11 (!!!) do sexo feminino representado 4,21% do número total.
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À margem da prova:
O percurso da prova do passado domingo passou junto ao terreno onde habitualmente treino, nesse terreno há já pelo menos 10 anos (aqueles em que eu vivo em Corroios) que estava previsto vir a existir um complexo de piscinas, um circuito de manutenção, courts de ténis, ringue de futsal, árvores, bancos de jardim, entre outras coisas, mas que o tempo transformou tão só nos terrenos do recinto da feira.
Dos vários equipamentos que se previam para esse local existem neste ano de 2008…as piscinas.
É nesse terreno sem um mínimo de condições que muitas vezes eu treino, em especial durante a semana quando não há tempo para me deslocar para outros locais bem mais agradáveis.
Como eu muitas pessoas também utilizam e provavelmente pelas mesmas razões o local para as suas corridas e para as suas marchas, como puderam constatar os participantes da prova do passado domingo (quando da nossa passagem pelo local algumas pessoas pararam por momentos a sua actividade física e junto à rede ficaram a ver e a aplaudir a passagem da corrida).
Para quando a transformação daquele local num pulmão para a vila de Corroios, num espaço de lazer para todo o ano e para toda a família (como prometido no passado)?
Enquanto se espera uma resposta eternamente adiada...hajam festas, feiras e romarias (com muito fogo de artifício à mistura) que é disso que o bom povo gosta e parece que até tem o retorno na hora da ida às urnas.

sábado, 26 de janeiro de 2008

1,2,3, UMA COLHER DE CADA VEZ!

Hoje fomos com a Vitória ver o musical infantil "1,2,3, Uma colher de cada vez", espectáculo em cena no teatro tivoli até ao próximo dia 31 de Janeiro, com sessões aos sábados e domingos às 16 h, durante a semana e para as escolas de terça a sexta há sessões às 11h e 14h30.

Durante pouco mais de 1 hora passam pelo palco do tivoli personagens como a Ana e o Fernando (2 meninos da mesma idade mas de meio social diferente), a mãe da Ana que é empregada em casa do Fernando, os alimentos que ganham vida e falam com as crianças, a "saúde" e a "cárie".

Excelente espectáculo muito bem conseguido visualmente, muito bem representado, cantado e dançado.

No final do espectáculo a Vitória viu ainda mais de perto alguns alimentos e deu um abraço à banana. À saída adquirimos um CD com as músicas do espectáculo.

Já em casa a Vitória ouviu repetidas vezes as músicas do CD e quando se foi deitar quis adormecer a ouvir uma vez mais as músicas. Esta noite imagino que vai sonhar com os brigadeiros, a batata-frita, os brócolos, o ananás...

Eu também me vou deitar, e, não sonhei, amanhã vou mesmo participar numa prova, a primeira deste ano de 2008. Uma prova que em já participei há 5 anos (2003), o Grande Prémio do Carnaval do Alto do Moinho.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Treinos longos em 2008.

Neste ano de 2008 realizei até ao momento 3 treinos longos, entenda-se como tal 1h30 ou mais de corrida. É o tipo de treino que eu mais gosto de fazer.
Efectuei o primeiro desses 3 treinos no dia 6, o primeiro domingo do ano, ao longo da lindíssima baía do Seixal , baía ainda com mais encanto nesse dia devido à presença na mesma dos flamingos.
Como habitualmente em dia de treino longo aproveitei o período da manhã para o fazer.

Uma semana mais tarde, de novo durante a manhã, realizei o segundo "longo" de 2008, este na Quinta da Marialva (em Corroios), quando saí para a rua apercebi-me logo que estava a ameaçar chuva (de véspera tinha estado um dia radioso), pelo que resolvi voltar a casa para vestir o impermeável e em boa hora o fiz, assim que comecei a correr começou a cair uma chuva que não mais deu tréguas durante todo o tempo em que eu corri, contudo seria o vento forte que também se fazia sentir o que mais me incomodou.
Vá-se lá saber o porquê de ter passado o resto do dia de domingo com uma sensação de grande realização.

Finalmente no passado domingo realizei o terceiro "longo" de 2008, desta feita optei por ir até ao Parque da Paz e pelo final da tarde para o fazer (de manhã ainda mal me tinha recomposto do meu treino intervalado de sábado na pista da Sobreda).
Feito o aquecimento comecei a correr ainda com uma temperatura bastante agradável, na primeira hora de corrida as muitas pessoas que estavam no parque à hora que eu tinha chegado foram-se indo embora, também se começou a fazer sentir uma aragem fria à medida que a luz do dia se ia sumindo.
Na última meia-hora do meu treino corri já com o escuro da noite como companhia, nada a que eu não esteja acostumado desde há muito.
Terminei o treino por volta das 18h30, hora a que o parque estava quase deserto.

sábado, 19 de janeiro de 2008

O sal da língua.

Escuta, escuta: tenho ainda
uma coisa a dizer.
Não é importante, eu sei, não vai
salvar o mundo, não mudará
a vida de ninguém - mas quem
é hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de alguém?
Escuta-me, não te demoro.
É coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
São três, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que não se extinga o seu lume,
o seu lume breve.
Palavras que muito amei,
que talvez ame ainda.
Elas são a casa, o sal da língua.

Eugénio de Andrade

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Balanço 2007.

Resolvi fazer o meu balanço desportivo do passado ano de 2007, ano no início do qual eu tinha como principais objectivos conseguir efectuar no mínimo 3 sessões de treino semanais realizando numa das sessões um treino longo (tempo de corrida superior ou igual a 1h30).
Pretendia também continuar a série de 10 meses (iniciada em 7 de Março de 2006 e durante os quais o número máximo de dias que estive sem correr foi 8 dias).
No seguinte quadro consta o total do ano (em número e em kms) de provas, de treinos e do total (provas+treinos), consta também a média de kms/prova (14,852), de kms/treino (11,272) e de kms/total (provas+treinos)=11,665.
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No Gráfico 1 (em baixo) pode-se constatar que em 45 das 52 semanas do ano de 2007 realizei 3 ou mais dias de corrida* semanais (3 dias em 39 das 52 semanas e 4 dias em 6 das 52 semanas), não o tendo conseguido nas restantes 7 semanas, nas quais realizei 2 dias de corrida em 6 das semanas e 1 dia de corrida em 1 das semanas.
No Gráfico 2 (igualmente em baixo) consta o período máximo de dias durante o ano que estive sem correr, período esse que foi de 6 dias (26 a 31 de Outubro), o segundo maior período foi de 4 dias (7 a 10 de Novembro) e, o terceiro maior período foi de 3 dias (12 vezes durante o ano, 4 das quais durante o mês de Março).
*) Dias de Corrida = Dias de Treino + Dias de Provas.
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Considero pois ter atingido, se bem que não totalmente, o meu grande objectivo de 2007, os 3 dias de corrida semanais (incluido aqui os dias das provas). Em relação ao outro objectivo, que vinha do ano de 2006, a série aumentou para 22 meses de actividade física regular (os tais 3 dias semanais), 22 meses durante os quais o número máximo de dias que estive sem correr foi os já referidos 8 dias (período de 22 a 29 de Julho de 2006).

Nos Gráficos 3 e 4 (em baixo) pode-se constatar que em 30 das 52 semanas do ano de 2007 fiz entre 30 a 40 quilómetros semanais (perfazendo a distância total de 1.1122,504 kms), em 12 das semanas fiz entre 20 a 30 quilómetros semanais (perfazendo a distância total de 257,420 kms), em 8 das semanas fiz entre 40 a 50 quilómetros semanais (perfazendo a distância total de 354,974 kms), e, fiz ainda numa das semanas 10 kms e numa outra 51,840 kms.

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No Gráfico 5 (em baixo) consta para cada um dos 12 meses do ano, o número de provas, o número de treinos e o total (número provas + número treinos).
Como se vê, nos meses de Janeiro, Julho e Agosto não participei em provas, nos meses de Outubro e Novembro só participei em 1 prova em cada um desses meses, no mês de Dezembro participei em 3 provas e nos restantes meses participei em 2 provas (em cada um desses meses).
No Gráfico 6 (igualmente em baixo) consta também para cada um dos 12 meses do ano, o número de quilómetros em provas, o número de quilómetros em treinos e o número total de quilómetros (nº provas + nº treinos).
Como se vê, o mês de Agosto foi o mês em que fiz mais quilómetros (182 kms todos em treinos), seguido do mês de Setembro (174 quilómetros dos quais 42 em provas e 132 em treinos) e, do mês de Julho (total de 170 quilómetros todos feitos em treinos).
Os 2 meses em que fiz menos quilómetros foram Março (total de 124 kms, 88 kms em treinos e 36 kms em provas) e Outubro (total de 110 kms, 100 kms em treinos e 10 kms em provas), meses durante os quais estive doente durante alguns dias.
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No seguinte quadro constam as 17 provas em que participei durante o ano de 2007 com indicação das mesmas, as datas de realização, as distâncias e os tempos que efectuei.

Participei ainda na Corrida Terry Fox (corrida não competitiva de angariação de fundos a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro).

No Gráfico 7 (em baixo) constam as referidas 17 provas agrupadas por distâncias das mesmas.
Como se pode ver participei em 7 provas com distância inferior ou igual a 10 kms (1 prova de 8kms e 6 de 10 kms) e participei em 10 provas com distância igual ou superior a 14 kms (1 de 14 kms, 3 de 15 kms, 1 de 20 kms e 5 meias-maratonas).
No Gráfico 8 (igualmente em baixo) constam as 17 provas segundo a data das mesmas e respectivas distâncias.
Constam também para cada uma das provas a média (minuto/km) que corri cada uma dessas provas.
Como se pode verificar as minhas melhores médias foram obtidas nas provas de distância entre os 8 e os 15 kms, a melhor média foi obtida na última corrida de 2007 (São Silvestre da Amadora com 4,30 min./km).
Nas provas de meia-maratona e na de 20 kms essa média piora para valores superiores a 5 min/km (a excepção foi a "meia" de Lisboa em 2 de Dezembro), a pior média foi obtida na "meia" de Portugal (prova que corri sem chip).

Terminado o balanço devia-se seguir os objectivos para o corrente ano, que para já neste 1º semestre serão sensivelmente iguais aos do último ano (3 treinos semanais e continuar a somar meses à série que está em 22 meses e meio), objectivos que penso serem os realistas.
No 1º semestre do ano pretendo também participar em algumas provas com distâncias entre os 10 e 15 quilómetros (dando preferência à distância dos 15kms), pretendo também participar em 1 ou 2 provas de meia-maratona (provavelmente durante o mês de Maio) e nos 20 kms de Cascais.
Até um dia destes numa prova por ai.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Há Palavras Que Nos Beijam.

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
§
Alexandre O'Neill

sábado, 5 de janeiro de 2008

33ª São Silvestre da Amadora.

Na passada segunda-feira, o último dia do passado ano de 2007, participei pelo 2º ano consecutivo na São Silvestre da Amadora, prova que teve a sua 33ª edição, é pois a mais antiga das corridas de São Silvestre disputadas no país, prova que como habitualmente foi organizada pelo Desportivo Operário Rangel e que teve o apoio técnico da Xistarca.
O habitual desfile de carros e motas antecedeu a partida da 33ª São Silvestre da Amadora, partida que teve 2 momentos distintos (a prova feminina às 18 h, a prova masculina 10 minutos depois).
Primeiro as senhoras, depois os cavalheiros, todos percorreram a distância de 10 kms ao longo do percurso bastante "duro" (devido às subidas do mesmo) pelas principais artérias da cidade, as quais estavam impecavelmente vedadas ao trânsito e repletas de pessoas que incentivaram e aplaudiram os atletas ao longo de todo o percurso.
Ambiente único no país nas provas em que eu já participei (nessas provas, nas que eu participei, o mais parecido é a "Corrida das Fogueiras" em Peniche, curiosamente também uma corrida nocturna).
Disputou-se também, pela primeira vez, uma mini-corrida com uma distância de 2 kms, a qual pareceu-me pouco participada.
A 33ª São Silvestre da Amadora teve no conjunto das 2 provas (feminina e masculina) o total de 781 atletas classificados na meta, 86 atletas na prova feminina (11,01% do número total) e 695 atletas na prova masculina (88,99% do número total).
A prova feminina teve como vencedora a letã Jelena Prokopchuka com o tempo de 33’16’’, em 2º lugar classificou-se a atleta algarvia Ana Dias em representação da Casa do Benfica de Faro e em 3º lugar classificou-se a promissora Sara Moreira em representação do Maratona Clube de Portugal.
A prova feminina, como já referi, teve 86 atletas classificados na meta, mais 10 do que em 2006, o que significa mais 11,63% de atletas chegados em relação ao ano de 2006.
Na prova masculina e pelo segundo ano consecutivo o triunfo foi do queniano Moses Masai com o tempo de 28’25’’ (recorde da prova para a distância de 10 kms), o também queniano Barnabas Kosgei chegou em segundo lugar e em 3º lugar chegou Leão Carvalho em representação do Sport Lisboa e Benfica.
A prova masculina, como já referi, teve 695 atletas classificados na meta, mais 17 do que em 2006, o que significa mais 2,45% de atletas chegados em relação ao ano de 2006.

A minha prova correu dentro do que eu esperava, menos de 48 horas depois da São Silvestre de Lourinhã tive o meu banho anual de multidão, no final do percurso de 10 kms tive também a satisfação de ter baixado dos 45 minutos (algo que para a maioria será relativamente fácil, eu sei) mas que para mim foi acontecimento único durante o ano de 2007.
Classifiquei-me no lugar 341 (o meu dorsal era o 875) com o tempo de 44’57’’ (em 2006 tinha feito 47’06’’), no meu escalão, M4549, ocupei o 51º lugar (terminaram 98 atletas).

Termino referindo um aspecto francamente negativo nesta 33ª São Silvestre da Amadora, mais uma vez e como habitualmente tem acontecido não existiu o abastecimento a meio da prova, o que continua a constituir uma falha grave.
Refira-se igualmente pela negativa a entrega muito lenta das águas e das t-shirts (constituem o único prémio de presença, o que acho pouco), entrega que era feita à saída de um funil por onde os atletas tinham que passar depois de concluírem a prova, lentidão que deu origem a que os atletas se amontoassem e tivessem que esperar durante bastante tempo até conseguirem sair do local.

5ª São Silvestre da Lourinhã.

Aproveitando a nossa curta estadia de 3 dias por terras do Oeste (de visita à "Vila Natal de Óbidos"), no passado sábado dia 29 de dezembro participei pela primeira vez na São Silvestre da Lourinhã (que teve a sua 5ª edição).
5ª São Silvestre da Lourinhã que foi organizada (e bem) pelo Núcleo Sportinguista da Lourinhã com o apoio técnico da Xistarca.
Na noite fria do passado sábado, nas ruas da vila da Lourinhã, disputaram-se além da prova principal outras provas destinadas aos escalões etários mais jovens (benjamins, infantis, iniciados, juvenis e juniores), todas as provas foram disputadas em sistema de circuito, com um perímetro de 600 metros (volta pequena) e 2000 metros (volta grande).
A prova principal (destinada a juniores masculinos, seniores e veteranos masculinos e femininos), com partida às 21h30 teve uma extensão de 8 quilómetros (4 voltas grandes) e como vencedores absolutos dois atletas em representação do clube organizador (Daniel Martins em masculinos e Ana A. Alves em femininos).
Prova principal que no final contou com 183 atletas classificados na meta, dos quais 167 atletas (11 juniores, 61 seniores e 95 veteranos) eram do sexo masculino (91,26% do total) e 16 atletas (8 seniores e 8 veteranas) eram do sexo feminino (8,74% do total).
Dos 183 atletas classificados na meta na prova principal, 171 atletas participaram em representação de equipas (93,44% do total), os restantes 12 atletas participaram como individuais (6,56% do total).
O público a assistir, na grande maioria familiares e amigos dos atletas participantes nas várias provas (nomeadamente as destinadas aos escalões mais jovens), concentrava-se quase todo na zona de partida/chegada.
A passagem por 4 vezes na referida zona de partida/chegada (no caso da prova principal) contribuiu em muito para compensar a total ausência de público no restante percurso.

O frio que se fazia sentir, a partida muito rápida (os atletas saíram quase todos "disparados"), a distância "curta" de 8 kms e o próprio percurso propício a andamentos rápidos, que decididamente não é o meu caso, contribuíram em muito para alguma da dificuldade que senti em encontrar o meu ritmo (a meio da 2 ª volta ainda sentia os músculos "frios"), já só no final da 3ª e durante a 4ª e última das voltas consegui correr mais solto.
Classifiquei-me no lugar 137 (o meu dorsal era o 138) com o modesto tempo de 36'56'' (2 dias depois na Amadora passaria aos 8 kms num tempo inferior), no meu escalão, M4549, ocupei o 25º lugar (terminaram 28 atletas).
No final cada participante recebeu um saco com uma t-shirt e um troféu alusivos à prova, no saco vinha também uma água.
Diga-se a terminar que gostei bastante de ter participado nesta 5ª São Silvestre da Lourinhã, a qual esteve muito bem organizada e sem nada de relevante pela negativa a assinalar.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Receita de Ano Novo.

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra
birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade