sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

34 e 728.

Foram estes os números que resumem o meu ano de 2010 no que toca a provas (34) nas quais corri 728 quilómetros.


A todos um ano de 2011 cheio de de saúde, amor e trabalho.
Claro também de boas corridas e boas leituras.
Até um dia destes numa estrada ou num trilho por aí.
Abraço.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

3ª São Silvestre de Lisboa (Palavras).

Ontem a família esteve em força na 3ª edição da São Silvestre de Lisboa, a Vitória na prova destinada aos mais novos, a Isabel na "mini" de 3 quilómetros e eu na prova de 10 quilómetros.
A primeira a entrar em acção foi a Vitória que participou na 2ª edição da São Silvestre da Pequenada, a qual se destinava a crianças dos 5 aos 11 anos (bambis, benjamins e infantis).
Antes da partida os atletas mais novos tiveram direito a um aquecimento na companhia de um trio de luxo (Rosa Mota, Jessica Augusto e Dulce Félix) a que se juntaram alguns atletas masculinos de elite presentes.

Entre a São Silvestre da Pequenada e a partida das provas de 3 e de 10 quilómetros houve tempo para reencontrar alguns "piratas" e para tirar uma foto com a nossa madrinha Célia Azenha que adorou ver os seus "afilhados" usarem nos seus equipamentos a prenda que ela nos ofereceu na noite da pirataria.
Tempo também para reencontrar os meus companheiros TANDUR (Filipe Fidalgo e Vítor Veloso) com quem que fiz toda prova em alegre confraternização, durante a mesma ainda avistámos um "pirata", a lebre José Sousa, que exibia a sua salamandra nas costas e que às nossas palavras de "pirata à vista" fez questão de refrear o seu andamento para nos cumprimentar, também a habitual festa, ontem a triplicar, no momento em que passámos pela Isabel e pela Vitória, a não menos habitual festa e incentivos aos amigos com quem nos íamos cruzando (e ontem foram tantos…) e, já na fase final da prova o trio TANDUR fez questão de fazer guarda de honra ao "super-padrinho pirata" Fernando Andrade e foi em linha de 4 que cortámos a linha de chegada de 10 quilómetros de pura diversão e prazer de correr.
Foi mesmo muito bom voltar a correr em Lisboa depois daqueles míticos 42,195 quilómetros do passado dia 5 de Dezembro, agora numa Lisboa que se vestiu de gala para receber os milhares que ontem à noite estiveram presentes neste belíssimo evento que foi esta 3ª São Silvestre de Lisboa, uma São Silvestre que logo no ano de estreia se impôs como a mais participada de todas as que por cá se realizam e que agora na sua 3ª edição quase que duplica esse número já então recorde (ontem foram 3567 os que completaram a prova competitiva de 10 quilómetros), uma São Silvestre também cada vez melhor, Lisboa tem mesmo uma grande São Silvestre a que as bonitas iluminações de Natal existentes em muitas das ruas e praças em que o percurso foi desenhado, iluminações que este ano particularmente estão muito bem conseguidas, deram ainda um maior encanto.

A terminar dizer que nesta minha participação na São Silvestre de Lisboa corri em homenagem a uma pessoa, motivo pelo qual não vi sentido em fazer uso do relógio que habitualmente utilizo pois se o tempo para completar uma prova para mim nunca foi o mais importante ontem muito menos o seria, ontem mais que nunca pretendia que o meu tempo fosse tempo de celebrar a enorme dádiva que é estar-se vivo, tempo de celebrar a enorme dádiva que é ter-se saúde, tempo de celebrar a enorme dádiva que é ter uma família maravilhosa, tempo de celebrar a enorme dádiva que é ter amigos, sem saberem deste meu objectivo (apenas a Isabel e o meu amigo Ricardão o sabiam) os meus companheiros TANDUR surpreenderam-me antes da prova ao me dizerem que faríamos a prova juntos numa boa, sorri por dentro pelas enormes prendas inesperadas com que a vida nos vai presenteando, obrigado também aos dois pela amizade e companheirismo sempre presentes.
Laurinha esta foi em sua homenagem, abraço de Portugal.

3ª São Silvestre de Lisboa (Fotos).

Eu e a Vitória com a campeã europeia de corta-mato 2010 Jéssica Augusto e vencedora da 3ª edição da São Silvestre de Lisboa:

A Vitória na sua 2ª São Silvestre da Pequenada:

A minha campeã:

Alguns dos "afilhados-piratas" com a Madrinha Célia Azenha:
TANDUR (Filipe, António e Vitor):
Trio TANDUR durante a prova:

O super-padrinho Andrade com guarda de honra Tanduriana:

domingo, 26 de dezembro de 2010

Uma história de Natal.

Era uma vez há muito, muito pouco tempo, mais concretamente na noite da passada quinta-feira, ante-véspera do dia de Natal...
Cerca de 8 dezenas de pessoas a que chamarei "piratas" encontraram-se na Serra de Monsanto, o objectivo tinha sido delineado em poucos dias e basicamente consistiria em correrem alguns quilómetros nos trilhos de Monsanto e no final beberem e comerem o que cada um tinha levado.
Dirigi-me para o local da "pirataria" na companhia da Isabel, do meu cunhado Vitor Veloso e do meu agora vizinho Nuno Santiago.
À hora que chegámos já um grupo bem composto de piratas por lá estavam, Parro e Orlando iam tratando de entregar logo dorsais e certificados em como tínhamos completado o assalto aos trilhos de Monsanto.
Uma das madrinhas (a Célia) já por lá estava também, o padrinho Andrade chegaria pouco depois e como também tinha sido combinado o pirata "007" tratou de fazer chegar ao local a outra madrinha (a Analice).
O outro padrinho, o raposão Jorge Branco ficou na toca.
Cerca de 15 minutos depois da hora prevista, depois de algumas fotos e de a madrinha Analice ter tentado dar o tiro de partida (à primeira o tiro não saiu o que levou logo alguns piratas a dizerem que a pistola era do "chinês") lá partiram as tais dezenas de piratas para o assalto aos trilhos de Monsanto...
Ao fim de alguns quilómetros e numa altura em que seguia apenas na companhia do Veloso demos por nós perdidos, pouco depois avistámos um grupo de 3 ou 4 piratas e lá seguimos junto com eles, apanhámos depois um outro grupo onde seguia a Analice e depois ainda um outro que já vinha de outra direcção.
Reagrupamento feito e lá seguimos todos na mesma direcção mas por pouco tempo pois como alguém tinha previsto a corda acabaria por partir mais uma vez, eu fiquei então num grupo de 7 a 8 piratas, numa altura em que se decidia se seguiríamos para a esquerda ou para a direita fomos surpreendidos por um grupo bem numeroso de piratas que vinham na nossa direcção, poucos mas destemidos ensaiamos então uma carga sobre os que chegavam, a partir dai e até ao fim segui sempre com esse numeroso grupo.
Depois seguiu-se o banho de água quente e o convívio entre os participantes.
Tempo para se cantar os parabéns à madrinha Analice pelos seu recente aniversário e para cada afilhado receber da madrinha Célia uma oferta, tempo também para momentos de sã camaradagem entre todos.
Vitória, Vitória, acabou-se a história...ou não, falta agradecer ao Jorge Branco que deu a ideia e aos piratas Parro, Peregrino, Tigre e Alex Duarte pelo contributo. Agradecer à madrinha Célia pela simpatia da oferta. Agradecer ao Orlando Duarte, esposa Leonor e filha Ana Soraia, não só pela simpatia e generosidade com que nos acolheram mas também pelas excelentes condições que tivemos que em muito contribuíram para o enorme sucesso que foi este encontro de piratas.
Grande abraço a todos, foi uma honra e prazer ter-vos como companheiros de pirataria.


As fotos da Isabel aqui.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Anima sana.

Os loucos ou heróis determinados
Que na ocidental praia alentejana,
De Melides a Tróia - e apeados,
Deram asas à sua "anima sana";
Aos ombros com mochilas carregados,
Num feito que desafia a raça humana,
Nove léguas correndo ao sol ardente
Num esforço mítico, aplicado a gente.

E também a memória gloriosa
Daqueles que em anos já passados
Cometeram proeza grandiosa
Desafiando a areia e o sol irados
E aqueles cuja ideia luminosa
De organizar um raid no além-sado,
Registarei em verso (que até rima)
Subido apreço, admiração e estima.

Fernando Andrade (Melíadas).

Nesta sexta-feira, 17 de dezembro de 2010, curiosamente a 7 meses de mais UMA (17 de Julho de 2011), deixo-vos palavras das Melíadas de Fernando Andrade (parabéns pelo aniversário).
Um bom fim-de-semana com boas corridas e boas leituras.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dia de Glória.

No 17º Campeoanato da Europa de Corta-Mato que hoje teve lugar na pista das Açoteias no Algarve o atletismo Português viveu mais um dia de glória.
Jéssica Augusto sagrou-se campeã da europa e a equipa sénior feminina conquistou o seu terceiro título consecutivo, feito inédito até agora na competição.
Se o título colectivo já era esperado já o título individual sem se poder considerar uma surpresa dado o indiscutível valor de Jéssica Augusto (e candidata às medalhas), acabaria por o ser pela grande superioridade com que Jéssica Augusto o conquistou, foi mesmo uma corrida à parte.
Muito bem estiveram também as restantes atletas que contribuiram para o título colectivo.
Portugal conquistaria no total sete medalhas, quatro individuais (ouro para a sénior Jessica Augusto, bronze para os seniores Dulce Félix e Youssef El Kalai, bronze também para o júnior Rui Pinto) e três coletivas (ouro para as seniores femininas e prata nos seniores masculinos e juniores masculinos).

Gostava muito de lá ter estado mas na impossibilidade de o fazer não perdi um minuto da transmissão que a RTP fez em directo das provas, uma transmissão também ela a fazer lembrar os bons velhos tempos do atletismo na RTP.
Imperdíveis também as entrevistas feitas em directo a Jéssica Augusto, Dulce Félix, Ana Dias, Youssef El Kalai, Rui Silva, entre outras.

sábado, 11 de dezembro de 2010

História das Palavras.

As mulheres e os homens estavam espalhados pela Terra. Uns estavam maravilhados, outros tinham-se cansado. Os que estavam maravilhados abriam a boca, os que se tinham cansado também abriam a boca. Ambos abriam a boca.
Houve um homem sozinho que se pôs a espreitar esta diferença - havia pessoas maravilhadas e outras que estavam cansadas.
Depois ainda espreitou melhor: Todas as pessoas estavam maravilhadas, depois não sabiam aguentar-se maravilhadas e ficavam cansadas.
As pessoas estavam tristes ou alegres conforme a luz para cada um - mais luz, alegres - menos luz, tristes.
O homem sozinho ficou a pensar nesta diferença. Para não esquecer, fez uns sinais numa pedra.
Este homem sozinho era da minha raça - era um Egípcio!
Os sinais que ele gravou na pedra para medir a luz por dentro das pessoas, chamaram-se hieróglifos.
Mais tarde veio outro homem sozinho que tornou estes sinais ainda mais fáceis. Fez vinte e dois sinais que bastavam para todas as combinações que há ao Sol.
Este homem sozinho era da minha raça - era um Fenício.
Cada um dos vinte e dois sinais era uma letra. Cada combinação de letras uma palavra.
Todos dias faz anos que foram inventadas as palavras.
É preciso festejar todos os dias o centenário das palavras.
Almada Negreiros

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

25ª Maratona de Lisboa (Palavras).

25ª Maratona de Lisboa (a minha 7ª maratona):

Quando em 2 de Setembro do corrente ano dei o primeiro passo rumo à minha 7ª maratona estava longe de imaginar que a 7ª seria em Lisboa, onde tencionava estar mas para correr a minha 8ª maratona…
Mas acabou por ser na 25ª Maratona de Lisboa que acabei por correr a minha 7ª maratona, a qual ficará ligada a números (25 e 7) que constam na data de nascimento da Vitória (25/7) que nasceu em Lisboa corria o ano de 2004.
Esta minha 7ª maratona foi também a minha 3ª vez em Lisboa e a minha 3ª maratona em 2010…

Sabia desde a última sexta-feira que desta feita não teria a companhia da família devido à varicela da Vitória, no dia anterior à prova tinha combinado que iria junto para o local de partida da prova com os meus companheiros TANDUR (Vítor Veloso e Filipe Fidalgo) mas já na manhã de domingo acabaria por ter apenas a companhia do Veloso já que o Fidalgo viu-se impossibilitando à última da hora de participar.
Antes da partida da prova o prazer enorme de rever o Rui Pena que teve a amabilidade de me apresentar mais um companheiro daqui da blogosfera, o autor de “A metafísica do metatarso”.
Longo nos metros iniciais perdi de vista o Veloso, completei o 1º quilómetro em 5'09'', ainda antes da subida até ao Areeiro fui sendo ultrapassado por muitos participantes, corria nessa fase por perto do João Paixão (O homem que só pára na lua), já na subida tive os fortes incentivos da família Mota (Susan, Mariana e Luís Carlos), pouco depois avistei e alcancei uma lenda viva das corridas (a grande e jovial Analice), o incentivo e a retribuição do mesmo…
Já na Avenida de Roma, numa zona das imediações do estádio 1º de Maio onde se tinha dado a partida da prova, muitas pessoas de ambos os lados formavam um estreito corredor por onde passávamos, pouco depois avistei do lado direito o grande Mário Lima que ia apoiando os participantes, fiz um desvio ao seu encontro para o cumprimento que se impunha.
Seguia nessa fase ainda por perto do João Paixão, íamos tecendo alguns comentários (um automobilista que fora do seu carro ia discutindo com um policia, as buzinadelas,…), enfim, o habitual em Portugal.
Os quilómetros iam-se sucedendo, ainda bem fáceis, na zona do Lumiar o vento que esteve sempre presente fez questão de se fazer sentir ainda mais fortemente presente do que até então, nessa fase já tinha perdido de vista o João, pouco depois e ainda antes de completar os 10 quilómetros fui alcançado pelo Rui Pena e os seus companheiros com quem tinha estado antes da partida da prova, uma breve troca de palavras e fiquei de novo só, passei aos 10 quilómetros com 50 minutos (tinha passado aos 5 quilómetros com 25 minutos).
Pouco depois dos 10 quilómetros de prova passei a ter a companhia de um atleta com que fiz alguns quilómetros, de duo passaríamos depois a um quinteto já que na zona de Benfica passamos a correr por perto de outros 3 atletas que iam num ritmo igual ao nosso.
Já na Avenida José Malhoa e no abastecimento lá existente acabei por perder alguns metros para os meus companheiros dos últimos quilómetros, ainda assim continuei no ritmo certo com que tinha vindo até então, na zona do El Corte Inglês passei a avistar o João Paixão e pouco depois já na fase a descer passei por ele, mais algumas palavras trocadas e deixei-me ir no embalo da descida, quilómetros ainda bem fáceis, muitas pessoas na zona do Marquês do Pombal, algumas palavras de incentivo (ânimo, ânimo,…"nuestros hermanos" sempre fortes no apoio).
Ao passar na Rua do Ouro não pude deixar de pensar que há um ano tinha tido ali o forte apoio da Isabel, entrei pouco depois na belíssima Praça do Terreiro do Paço, uma das mais bonitas e imponentes praças do mundo.
Terreiro do Paço conquistado e fui recebido na Avenida das Naus com rajadas de vento que quase impediam de correr, aos poucos fui-me adaptando às condições ainda mais adversas das que tínhamos tido até então.
Completei a 1ª meia-maratona em 1h45', por essa altura já vinha a avistar há algum tempo o Fernando Andrade (parabéns "mestre" pelas 39 maratonas corridas), sendo que pouco depois o alcancei e corri algum tempo junto dele, em sentido contrário iam passando muitos participantes (muitos da meia), a dada altura lá passou o Luís Mota e pouco depois o "leão" Paulo Martins (na altura estranhei este vir depois do Mota pois pensei que o Martins só estava a fazer a meia, afinal fez a maratona e que senhora maratona), muitos parabéns a estes dois ilustres companheiros da blogosfera pelas suas provas soberbas.
Aos poucos fui-me adiantando ao Andrade, os quilómetros a sucederem-se ainda sem grandes dificuldades e a permitirem-me manter ainda um ritmo certinho até aos 25 quilómetros (a rondar os 5min/km), a dada altura cruzei-me com o Veloso que já vinha do ponto de retorno, os incentivos mútuos, constatar depois que também com o Pena continuava tudo de feição, minutos depois era a minha vez de transpor esse ponto de retorno e de fazer o percurso contrário ao anteriormente feito, em sentido contrário lá vinham os meus companheiros de uns quilómetros antes (João Paixão, dois dos meus companheiros de quinteto, Fernando Andrade), companheiros da blogosfera (Luís Parro, Nuno Kabeça que é muito provavelmente autor do blogue mais antigo e ainda activo que fala de corrida, a super dupla "pára" e "comando"), também muitos outros companheiros conhecidos e amigos das corridas.
Como já esperava o vento continuou a fazer-se sentir presente mesmo depois do ponto de retorno e na longa recta até à Praça do Comércio onde estava colocada a placa com o número 36 e onde passei já com a certeza que o tempo final não ia ser famoso (aos 30 quilómetros já tinha passado sem conseguir os desejados 5 min/km), longa recta em que corri sempre só e em que na zona do Cais do Sodré fui surpreendido pela presença do Fábio Pio Dias (a participar na meia) e que ia tirando fotografias.
À medida que ia subindo em direcção à Praça da Figueira e já a contar que a partir daí e quase até ao fim se ia ter que fazer alguns quilómetros de subida decidi gerir ainda mais cautelosamente o esforço de modo a conseguir manter até ao fim um ritmo confortável de corrida, o que acho que terei conseguido.
Na longa subida da Avenida Almirante Reis, subida já por mim e tantos outros já algumas vezes feita em provas mas nunca numa fase final de uma maratona, fui ultrapassando muitos participantes (decerto muitos da meia mas não só), muitos a passo, muitos mesmo, passei também o companheiro da blogosfera, o José Lopes (ainda a correr) e ainda com fôlego para um incentivo que veio numa altura que estava mesmo a fazer falta, obrigado pela "Força António".
Ainda antes de chegar ao cimo da subida passei também o meu amigo Manuel Silva que estava a contas com fortes cãibras nas pernas (mas que não era o único).
Praça do Areeiro, a placa dos 40 quilómetros a fazer-me sorrir e muito, a certeza da conquista, entrar na pista do estádio, olhar já na recta na meta o relógio, um último esforço apenas para bater as 3h42'', recompensado já que o meu tempo final foi de 3h41'56''.
Mais de 3 meses depois do primeiro de muitos passos cortava a linha de chegada da minha 7ª maratona, imensamente feliz por mais uma maratona corrida....
A 8ª será em Espanha.

25ª Maratona de Lisboa (Fotos).

25ª Maratona de Lisboa (a minha 7ª maratona em imagens),
Ainda com mais de 40 km por correr (Foto de CVR da AMMA):Com pouco mais de 3 km corridos (Foto da família Mota):Zona dos Jerónimos já na 2ª parte da prova (Foto de CVR da AMMA): Zona do Cais Sodré com 35 km corridos (Foto de Fábio Pio Dias):Já depois de terminar (Foto de José Gaspar da AMMA):

Muitas fotos da 25ª Maratona de Lisboa no site da AMMA: CVR e José Gaspar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A Sétima.

Hoje corri a minha sétima maratona e como esperava desfrutei ao máximo da prova, o tempo final que terá a rondado as 3h42' não foi famoso mas ainda assim deixou-me satisfeito.
Esta 25ª Maratona de Lisboa foi também a minha única maratona corrida em Portugal no corrente ano depois das 2 maratonas a abrir o ano corridas em terras de "nuestros hermanos", a de Badajoz e a de Sevilha.
Já em casa a "fotografa" que desta vez esteve ausente devido à varicela da Vitória ainda fez o gostinho ao dedo.
Em breve voltarei a falar desta 25ª Maratona de Lisboa.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dorsal para a 7ª.


Na manhá do próximo domingo espero estar na linha de partida da 25ª Maratona de Lisboa na que será a minha 7ª maratona e a minha 3ª vez em Lisboa.
Será também a minha 5ª participação no evento "Maratona de Lisboa", em 2006 participei na prova-aberta, em 2007 participei na meia-maratona (onde consegui então o meu melhor registo na distância) e, nos dois últimos anos (2008 e 2009) participei na maratona sendo que no último ano consegui o meu melhor registo na distância (3h33'24'').
Na manhã do próximo domingo o objectivo primeiro será como sempre de desfrutar ao máximo da prova sendo certo que não será ainda este ano que terei a minha "menina de ouro" a cortar a meta comigo já que terá que ficar em casa pois está com varicela.
Como já escrevi aqui várias vezes, adoro correr em Lisboa, cidade de que gosto muito e à qual estão ligados muitos dos meus percursos de vida...
Foi em Lisboa onde tive o meu primeiro emprego (corria então o ano de 1978) e onde trabalhei desde então excluindo os anos de 1986 a 1995, foi em Lisboa onde passei alguns anos de formação académica, foi em Lisboa (Hospital de Santa Maria) que a meta da corrida mais dura que um dia travámos foi alcançada, foi em Lisboa que pela primeira vez participei numa prova de atletismo (corria então o ano de 1975), era de Lisboa a minha 1ª equipa de atletismo (Ases das Avenidas), são também de Lisboa muitas das minhas boas recordações de infância...
Será como sempre um prazer enorme correr em Lisboa, para todos aqueles que serão companheiros de jornada votos de que se divirtam pelo menos tanto como eu espero divertir-me.
Para os companheiros daqui da blogosfera e para os amigos de tantas corridas que também lá vão estar aquele abraço.
Tal como terminei em 2008 o meu post referente à minha participação na 23ª Maratona de Lisboa com palavras de um poeta de Lisboa, poeta de que eu gosto muito, termino este meu post antes da minha 7ª maratona que será corrida em Lisboa, na cidade mulher da minha vida, de novo com palavras de Ary:

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

Lisboa no meu amor, deitada
cidade por minhas mãos, despidas
Lisboa menina e moça, amada
cidade mulher da minha vida.


(excerto da letra da canção "Lisboa menina e moça" de Ary dos Santos,
poeta nascido em Lisboa no dia 7 de Dezembro de 1937)