segunda-feira, 29 de março de 2010

Trilhos do Pastor 2010.

Em cima à esquerda - tarde de sábado, depois da visita às grutas provar o "Abafadinho da Moeda", para a Vitória "Ice Tea".
Em cima à direita - tarde de sábado, a família na Aldeia de Pia do Urso.
Ao meio à esquerda - Carlos Coelho, Almeida, Adelino e Andrade.
Ao meio à direita - fase inicial dos Trilhos do Pastor 2010.
Em baixo à esquerda - Isabel e Vitória na companhia da D. Otília, Iolanda e dos "Britinhos" Tomás e Vasco.
Em baixo à direita - durante a II Caminhada do Pastor 2010.
[clicar na imagem para ver melhor]

Na manhã do passado domingo participei de novo numa prova de trail, desta feita os "Trilhos do Pastor", prova que teve a sua 2ª edição e que foi organizada pelo Clube de Veteranos da Serra D’Aire com a colaboração do Município da Batalha e da Junta de Freguesia de São Mamede, tendo-se também realizado uma caminhada não competitiva com uma extensão de 7 quilómetros na denominada Rota dos Moinhos, caminhada em que a Isabel participou e da qual gostou bastante.
A prova teve arena na zona do mercado de São Mamede, uma das freguesias do concelho da Batalha, Distrito de Leira, local muito perto de Fátima.
Aproveitámos e passámos o fim-de-semana na região, ficámos alojados em Fátima e durante a tarde de sábado visitámos as lindíssimas grutas da moeda e a Aldeia de Pia do Urso, locais por onde passei a correr durante os trilhos.
Já na manhã de domingo e ainda antes da partida deu para rever alguns companheiros das corridas.
Nestes que foram os meus segundos trilhos, depois de Almourol no princípio do mês, pretendia acima de tudo desfrutar ao máximo da prova, ganhar experiência neste tipo de provas e não sofrer nenhuma queda (nos trilhos do Almourol sofri uma queda e não queria de todo repetir), objectivos totalmente alcançados.

Da prova em si dizer que gostei mesmo muito, os anunciados 29 quilómetros traduziram-se para mim em 3h15' de puro prazer de correr, de andar, de subidas difíceis, de descidas cheias de adrenalina, de vistas deslumbrantes, de cheiros, de chilrear de pássaros, 3h15' durante as quais retive algumas imagens, sons, cheiros…
O som do chocalho a anunciar o início da prova, pisar os primeiros trilhos, alguma lama, chegar perto das grutas da Moeda, ver os companheiros que de lá já voltavam, entrar nas grutas, percorrer toda a sua extensão, sair de novo para o exterior, caminhos com algumas subidas suaves, os trilhos que se seguiram, muita rocha calcária, seguir em fila indiana que a largura dos trilhos a isso obrigava, ver o Andrade que um pouco mais à frente ia tirando fotos, seguir na cola da Analice, chegar ao marco geodésico, o Andrade que já por lá estava e que ia tirando fotos, continuar nos trilhos, sempre muita "pedra", a subida para aos moinhos, a paragem, contemplar aquela vista fabulosa, sentir o céu tão perto.
Seguiu-se uma fase a descer, ainda com muita "pedra", depois uma fase mais plana e que acabaria por nos levar até à Aldeia de Pia do Urso, fase durante a qual perdi de vista quer o Andrade, quer a Analice, quer os outros companheiros que tinham saído da zona de abastecimento na mesma altura que eu.
Aldeia de Pia do Urso que rapidamente foi deixada para trás, de novo trilhos, de novo um estradão, mais trilhos, mais "pedra", chegar às imediações de mais um moinho, zona em que avistei o Nuno Kabeça que vinha um pouco mais atrás, eu nessa fase seguia já de novo perto da Analice.
Nos quilómetros seguintes perdi a Analice mas tentei seguir na cola de um companheiro (atleta das Lebres do Sado) que parecia conhecer bem o percurso, nas descidas ele ganhava avanço, nas subidas e nas rectas eu recuperava e colava-me de novo a ele, chegámos assim à zona de mais um abastecimento, enquanto estivemos parados chegou um grupo bem composto de atletas que por sua vez também pararam, logo depois houve um que seguiu e eu resolvi seguir com ele mas nos quilómetros seguintes acabaria por ter que seguir a "solo" e foi já sem companhia que cheguei à zona das torres eólicas, aproveitei nessa fase os estradões existentes para correr um pouco mais rápido.
Com uma vista arrebatadora sobre o Vale de Reguengo olhei a longa descida que teria que fazer até Reguengo de Fetal, por trilhos sempre muito estreitos e com muita "pedra" iniciei a descida, à medida que ia descendo o terreno ia ficando mais empinado, ainda assim consegui realizar toda a descida em bom ritmo, depois continuei num bom ritmo de corrida no estradão que se seguiu a descer em direcção a Reguengo de Fetal, onde entusiasmado de como me vinha a correr a prova nos últimos quilómetros e sem saber o que me esperava nos quilómetros seguintes fiz apenas uma breve paragem na zona de abastecimento e de controlo da prova ai existente.
Seguiu-se depois a subida bem a pique por um trilho que por vezes sumia no meio da vegetação e durante a qual passámos pelo buraco roto, eu ia aproveitando a vegetação rasteira para me auxiliar na subida, sensivelmente a meio da mesma parei e contemplei mais uma vista arrebatadora, depois lá segui e acabei naturalmente por chegar ao topo, logo depois recomecei a correr e quase de imediato deparei com nova descida, de novo com muita "pedra", descida que ainda assim se fez bem pois as cordas existentes do local foram uma boa ajuda, logo depois retomei o passo de corrida e assim se foram passando os quilómetros seguintes durante os quais corri durante grande parte dos mesmos mas em que caminhei nas subidas mais acentuadas que iam aparecendo, quilómetros em que corri mais uma vez a "solo", fase da prova em que senti uma grande sensação de liberdade, indescritível.
Quase sem dar por isso cheguei a uma estrada em que um elemento da organização me disse que era sempre a descer, segui em bom ritmo e quase de imediato entrei na arena, olhei o pórtico de chegada, por perto estava a minha irmã com a Vitória, esta assim que me viu correu na minha direcção para me dar a mão, juntos corremos os últimos metros da prova e cortámos mais uma linha de chegada, logo depois o beijo da Vitória a coroar uma manhã que para mim foi perfeita, esta é mais uma daquelas que no arquivo de memórias do corredor vai direitinha para "manhãs felizes", venham mais.

Aqui as fotos da Isabel da II Caminhada do Pastor.

Classificações aqui.

sexta-feira, 26 de março de 2010

20ª Meia-Maratona de Lisboa.

Numa organização do Maratona Clube de Portugal disputou-se na manhã do passado domingo a 20ª Meia-Maratona de Lisboa, prova que teve como habitualmente o seu início às 10h30 e pelo 3º ano consecutivo 2 locais distintos de partida:
Partida em Algés - para atletas de elite.
Partida no largo da portagem da Ponte 25 de Abril - igual aos anos anteriores (existiu uma zona de partida VIP).
Em simultâneo realizou-se a mini-maratona, também com partida do largo da portagem.
A chegada em qualquer dos casos deu-se em frente ao Mosteiro dos Jerónimos.
O atleta eritreu Zerzenay Tadese inscreveu o seu nome da lista dos vencedores da prova batendo também os recordes mundiais dos 20 quilómetros e da Meia-Maratona com os tempos de 55'21'' e 58'23'' respectivamente.
Já no sector feminino triunfou a atleta queniana Peninah Arusei em 1h08'38'', única atleta a baixar da 1h10', sendo de realçar o terceiro lugar de Fernanda Ribeiro, a nossa campeã olímpica em Atlanta (1996), a qual conta já 40 anos de idade.

Eu participei na que foi a minha 4ª "meia" de Lisboa repetindo as minhas presenças de 2003, 2007 e 2009 (em 2005 participei na mini).
Fiz toda a prova na companhia do meu cunhado Vitor Veloso e o objectivo definido à partida (embora o Vitor não estivesse então muito convencido) de corrermos sem forçar e acabarmos com um tempo a rondar a 1h45' foi facilmente conseguido (acabámos com 1h43'18'').
Antes e durante aprova deu para rever muitos companheiros daqui da blogosfera e não só, também de os incentivar durante a prova.

Foi uma boa manhã depois de uma semana em que a família viveu momentos extremamente felizes (a surpresa) e momentos extremamente infelizes (o adeus ao José), é assim a vida, feita de momentos bons, momentos em que se saboreia avidamente aquele sabor doce da felicidade, também de momentos terríveis, a nós resta-nos e naquilo que de nós depende fazer ou pelo menos tentar fazer com que a balança penda a favor dos momentos bons.
Bom fim-de-semana a todos e boas corridas.

Dados da minha prova:
Tempo: 1h43'18''
Ritmo: 4'54''/km
Lugar Geral: 1385 (5475 atletas)
Lugar Escalão [M4549]: 192 (619 atletas)

domingo, 21 de março de 2010

José.

Sexta-feira passada foi dia de nos despedirmos do José, do pai, do sogro, do avô, do homem bom que marcou a vida de todos que com ele se foram relacionando ao longo da sua própria vida.
Conhecia o José há 20 anos, homem de sorriso franco, homem generoso, pai de 6 filhos, 5 filhas biológicas e um filho adoptivo...
O José era dos meus familiares, além da Isabel é claro, aquele que mais interesse mostrava pelas minhas "corridas", algo que eu também muito prezava.
O José partiu mas a sua memória permanecerá estou certo bem viva entre nós.

Eu e o Vitor com o nosso sogro José (Cross Reebook, ano de 2004).

terça-feira, 16 de março de 2010

A surpresa em dia de 3 anos de "palavras".


Em dia de 3 anos de "palavras" a Isabel e a Vitória prepararam-me uma surpresa que me deixou sem palavras, ficam as fotos...

3 Anos de "Palavras".

Faz hoje três anos que criei as "Palavras de Corredor".
Palavras que hoje não podem deixar de ser de agradecimento a todos aqueles que por aqui passaram e que foram também deixando aqui as suas palavras através dos comentários feitos, como sabem mas não é demais repetir as vossas palavras enriquecem estas "palavras de corredor".
Tem sido uma experiência muito gratificante manter este blog, graças ao qual travei aqui conhecimento virtual com algumas pessoas, tive mesmo o grato prazer de conhecer pessoalmente algumas dessas pessoas e com algumas delas estabeleci mesmo fortes laços de amizade, principalmente por isso, ou até só por isso, valeram muito a pena os 3 anos de "palavras".
Não posso também deixar de salientar o enorme contributo que a Isabel tem dado às "palavras de corredor" não só através das suas fotos que vão acompanhando os relatos como da enorme motivação que me vai transmitindo para que eu mantenha vivo este espaço.
Hoje em dia de 3 anos de "palavras" é também dia de correr, logo ao início da noite, como sempre perto de casa.
Até um dia destes numa corrida por aí.

Abraço a todos,
António Almeida

domingo, 14 de março de 2010

Corrida das Lezírias 2010.

Em cima à esquerda: eu com o Miguel Paiva.
Em cima à direita: Daniel, Ana, Miguel, Joaquim, eu e Vitor.
Ao meio à esquerda: eu com o João Paixão na recta da meta.
Ao meio à direita: Isabel, eu, Luís Carlos, Mário, Miguel, Mariana, Joaquim e família Veloso.
Em baixo à esquerda: Luís, Vitor, Carolina, Pedro, Susan, Joaquim, Miguel, Carlos, Isabel, Luís Carlos, eu e a Mariana.
Em baixo à direita: eu e a Isabel com uma família de campeões (Joaquim, Hugo, Daniel e Susana).
[clicar na imagem para ver melhor]

Hoje de manhã disputou-se mais uma Corrida das Lezírias, evento organizado como habitualmente pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira com o apoio técnico da Xistarca.
Já tinha participado nesta Corrida das Lezírias nos 3 anos anteriores (2007 a 2009) e apesar de ser uma prova de que gosto bastante este ano tinha decidido que não iria estar nas Lezírias mas a vontade de rever o Miguel Paiva que sabia iria estar presente fez-me uma vez mais marcar presença. Além do Miguel foi igualmente um prazer rever muitos amigos, daqui da blogosfera o Pedro Ferreira, a Ana Pereira, o Fábio Pio Dias, o Joaquim Adelino, o Carlos Lopes, o Luís Mota, a Mariana Mota, a Susana Adelino, o José Magro, o Mário Lima e o João Paixão, este último apanhou-me já na recta da meta e terminámos juntos a prova.
Foi mais uma prova em que tive também a companhia do meu cunhado Vitor Veloso.

Da prova em si dizer apenas o que dizia ao Miguel antes da mesma ainda durante a fase do aquecimento, nas Lezírias costuma sempre estar muito vento, este ano não foi diferente e acho mesmo que não foi o ano pior nesse aspecto, dizer também que apreciei em especial o manto de branco em parte das Lezírias, muito bonito mesmo.

Dados da minha prova:
Tempo: 1h08'24''
Ritmo: 4'34''/km
Lugar Geral: 448 (1388 atletas)
Lugar Escalão [M4549]: 55 (180 atletas)

As fotos da Isabel aqui.

Classificações aqui.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Trilhos do Almourol (II-Palavras "Continuação").

Durante as quase 5 horas que duraram os meus Trilhos do Almourol terei conseguido reter não mais que uma ínfima parte de imagens e sensações, ainda assim vou tentar partilhar parte do que retive, são quase não mais que "flashes"…

A partida em Aldeia do Mato bem na cauda do pelotão, a Isabel e o meu cunhado que nos tiram fotos, a 1ª descida feita ainda em alcatrão, os primeiros trilhos, também a primeira subida, os primeiros metros a caminhar, muito pessoal por perto, "apanhar" o Mário ainda nos quilómetros iniciais, seguir algum tempo junto dele, a vista deslumbrante sobre o rio Zêzere e a albufeira de Castelo do Bode, muito verde, muita água, as fotos que ia tirando, o Brito na descida para a barragem, pouco depois a Otília, rostos felizes, a correrem, a incentivarem-nos, do nosso lado direito aquele espelho de água, do lado esquerdo aquele vale profundo, o parar, o debruçar, o olhar para aquele fluxo de água que bem lá em baixo ia jorrando, continuar a correr, a pose a dois para a foto, o 1º abastecimento pouco depois, a descida até à zona de descarga da muita água que continuava a jorrar, o olhar de outro ângulo, ver o Kabeça por perto, continuar junto ao Mário que me ia dizendo ao avistar a Analice que ou nós íamos muito bem ou ela muito mal, continuar junto a um grupinho 5 estrelas, Mário, Kabeça, Analice, outros companheiros, as indicações da Analice, palavras de quem sabe, palavras joviais…
O estradão em terra batida que se seguiu, continuar em grupo em amena cavaqueira, seguir em frente quando devíamos ter cortado à direita, a fita estava lá , começar a distanciar-me dos meus companheiros dos últimos quilómetros, ser "apanhado" pelo José Carlos Fernandes (tal como em Sevilha), comentar esse facto, a "pintas" por perto, continuar depois junto deles, quilómetros fáceis, a espectacular transposição do rio através da ponte que a EPE (Escola Prática de Engenharia) tinha montado, a longa subida, o José Carlos a distanciar-se, olhar para trás, saborear mais uma vista magnífica, ver o Kabeça que vinha um pouco mais abaixo, olhar de novo para cima, tentar seguir na cola do José Carlos, alguns quilómetros sem ninguém por muito perto, uma maravilhosa sensação de liberdade, o tomar mais atenção às fitas para não me perder, as palavras de incentivo ainda antes de chegar ao 2º abastecimento, parar por breves instantes, recomeçar a correr, de novo por perto do José Carlos, mais quilómetros relativamente fáceis, avistar Constância, palavras na lembrança, onde os rios Zêzere e Tejo se abraçam, a foto que tirei da vila-poema, a lembrança de alguém muito especial no meu pensamento, trocar palavras com o companheiro que por essa altura corria junto a mim e que foi companhia a espaços em grande número de quilómetros (passou-me na fase final da prova na companhia de outro companheiro que me reconheceu pelo blog, abraço aos dois), o Castelo de Almourol, a paragem forçada, os sentidos a isso obrigaram, saborear aquela imagem quase surreal, tirar a foto prometida, mais quilómetros a "solo", passar junto ao moinho numa altura em que seguia de novo muito perto do José Carlos, trocar algumas palavras com ele, apanhar o "abutre" Vitorino Coragem (companheiro da viagem a Sevilha) na zona de mais um abastecimento, parar para trincar alguma coisa, recomeçar a correr, passar o túnel, brevíssima passagem pelo alcatrão, alguns metros planos com a linha férrea do lado esquerdo, a espectacular e longa subida ainda que não muito íngreme, Tancos a ficar para trás, mais quilómetros na cola do José Carlos, estradões quase submersos, pés completamente encharcados, quase sem dar por isso chegar ao último abastecimento, a Otília de sorriso estampado no rosto, mais uns minutos de paragem, continuar depois ainda na cola do José Carlos que me ia tomando algum avanço, completar 28 quilómetros de prova, forças renovadas ao pensar nos apenas 10 quilómetros para o fim, a descida bem larga ladeada de árvores, o tropeçar em algo, sentir-me no ar e logo depois aterrar no chão, ficar por instantes sem me mexer, sentar-me, tentar perceber os "estragos", pôr-me de pé ainda atordoado, companheiros que não paravam de passar, a ajuda de dois que pararam e que perguntaram se foi queda (obrigado companheiros pela ajuda), seguir depois a passo, sentir que tinha ali terminado a prova para mim, os joelhos que não paravam de sangrar, os muitos companheiros que continuavam a passar, recomeçar a correr, muita lama, muita água, subidas que mesmo a passo começaram a custar, os últimos quilómetros, quase sem ninguém por perto, a Analice que num ápice passa por mim e desaparece da minha vista, entrar no Parque do Bonito, entrar dentro do rio, sentir a água fresca, dobrar-me para a frente, ficar assim, continuar a passo, as recordações da tarde do dia de sábado, ensaiar uns passos de corrida, continuar a trote, a Susana que me apanha nessa altura, mais palavras, ainda alguns metros na sua cola pelo trilho dos pescadores, chegar ao trilho dos gatos, a Susana que embalou por ali a cima, vozes que já se ouvem bem perto, deixar por fim os trilhos quase 5 horas depois da partida, as passadeiras que esperavam os atletas, primeiro vermelha, depois amarela, avistar a Isabel que estava na companhia da Iolanda e da Paula Fonseca, o olhar da Isabel quase de pena pelo meu estado, sorrisos, pouco depois sentir a pequena mão da Vitória agarrando a minha própria mão, a meta conquistada, a dois, meta especial a coroar uma manhã especial, são dias como estes que vão também "moldando" a pessoa que hoje sou.

Eu e o Mário Lima na zona da Barragem de Castelo de Bode
(foto de Pedro Mestre, AMMA):O grupinho 5 estrelas (foto de Jorge Santos):Numa fase dos trilhos a "solo" (foto de José Brito):Numa fase por perto do José Carlos (foto de Jorge Santos):Metros finais dos meus primeros trilhos (foto de Paula Fonseca):

Palavras finais de agradecimento:
A todos os que estiveram envolvidos na organização da prova;
À Otília e ao Brito, pela quota-parte da responsabilidade que tiveram na organização e pela simpatia e preocupação com o nosso bem-estar;
À minha irmã Ana Maria e ao meu cunhado Manuel António, pela companhia durante o fim-de-semana e pela "seca" de terem esperado quase 5 horas pela minha chegada;
À Iolanda e Paula Fonseca pelos incentivos na zona de chegada, pela simpatia e pela companhia que fizeram à Isabel e à Vitória;
A todos os companheiros de jornada, em especial aqueles com quem mais convivi;
Por fim, à Isabel e à Vitória, como sempre por existirem e darem sentido à minha vida.

A todos até um dia destes numa estrada ou num trilho por aí, aquele abraço.

Muitas fotos dos Trilhos do Almourol aqui.

terça-feira, 9 de março de 2010

Trilhos do Almourol (II-Palavras).

O dia 7 de Março é um dia muito importante para mim, foi o dia em que nasceu a mulher que me deu a dádiva da vida e que "moldou" a pessoa que sou, ainda que tenha tido a infelicidade de a ter tido tão pouco tempo junto de mim, foi também o dia em que em 2006, após 2 meses em que fui forçado a não correr, recomecei um ciclo em que pretendia correr com regularidade 3 vezes por semana, há um ano fiz um balanço dos então 3 anos desse ciclo, aqui, neste último ano mantive esses 3 treinos semanais já quase religiosos, o número máximo de dias que estive sem correr foi de 5 dias e das várias provas em que participei guardo como especiais as 4 maratonas corridas (Porto, Lisboa, Badajoz e Sevilha), o Raide Melides-Tróia e mais algumas quantas por motivos vários (3 Léguas do Nabão, Corrida dos Sinos, Meia da Areia, Lampas, Meia-Maratona Sportzone, …).
Aqui chegados estarão os menos atentos a pensarem, o que terá o que acabei de escrever a ver com os Trilhos do Almourol, os outros já terão percebido que foi precisamente no passado dia 7 de Março que teve lugar os Trilhos do Almourol, os quais foram logo à partida vistos por mim como uma maneira de comemorar o dia 7 de Março de um modo especial estreando-me em trilhos, se a isso juntarmos um percurso lindíssimo e desenhado de um modo digamos que imaginativo que era para ter 35 quilómetros mas que a subida dos rios obrigou a esticar para uns "oficiais" 38 quilómetros, se juntarmos também o mês anterior à prova que foi "só" o mês que segundo dizem terá sido por cá aquele em que mais choveu nos últimos 24 anos preparando assim os trilhos para receberem os atletas com tudo aquilo a que eles tinham direito, em especial água e lama com fartura, também uma organização fantástica composta por atletas e que se apresentou como equipa coesa (Muitos Parabéns CLAC, grande abraço casal Brito) e a que nem faltou a presença de São Pedro no ajudar à festa (um domingo fantástico para correr), imaginem tudo o resto…
Passadas que são 48 horas ainda estou a "processar" tudo aquilo que vivi, uma manhã inesquecível e que na memória do corredor vai direitinho para "dias especialmente felizes".

[Continua]

Trilhos do Almourol (I-Fotos).

Tarde de sábado, Parque do Bonito:

Noite de sábado, com pessoal do "Mundo da Corrida":Na manhã dos "Trilhos" ainda no Entroncamento: Já na "Aldeia do Mato", local da partida: Com a equipa "Pára e Comando", Vitor, Vitorino e "Nuestros Hermanos": Com os "Abutres" e José Carlos Fernandes:Com a Mulher da minha vida:Fase inicial dos "Trilhos":

Quase 5 horas depois:

A 1ª meta de "Trilhos": Com Carlos Fonseca e com 2 dos responsáveis por uma manhã inesquecível, Otília e Brito: Fotos de Isabel Almeida e do meu cunhado Manuel António

As fotos de Pedro Mestre da AMMA aqui.

segunda-feira, 1 de março de 2010

XI Grande Prémio Atlântico.

Metros finais do "meu" 5º Atlântico:

Já depois da prova com a "Maria" e com o Helder Ferreira e família: Com a Isabel, companheira também neste mundo das corridas:

Junto ao mar da Caparica:

Na manhã do passado domingo realizou-se na cidade da Costa da Caparica o XI Grande Prémio "Atlântico", evento organizado pelo Núcleo Sportinguista da Costa da Caparica.
Este "Grande Prémio" é na minha opinião a grande prova de atletismo de cariz popular realizada no concelho de Almada e uma prova que é sempre fortemente participada e este não foi excepção pois apesar do mau tempo que se fez sentir até quase à hora da partida mais de 1000 atletas completaram os fáceis e este ano mais bonitos 10 quilómetros do Atlântico.
Eu participei pela 5ª vez, quarta consecutiva (2003, 2007 a 2010), dando assim primazia a uma prova realizada "perto de casa" e mais uma vez foi muito bom correr na "Caparica".
Após a prova tempo para alguns minutos de conversa com a Ana Pereira e acompanhantes, também com o Helder Ferreira (vencedor da prova) e família.
Com esta minha participação ultrapassei os 100 quilómetros corridos em provas durante o corrente ano, passando a totalizar 103,4 km (Badajoz: 42,195 km; Alto do Moinho: 9km; Sevilha: 42,195 km e Atlântico: 10 km).

Dados da minha prova:
Tempo: 45'43''
Ritmo: 4'34''/km
Lugar Geral: 288 (1037 atletas)
Lugar Escalão [M4549]: 38 (122 atletas)

Classificações aqui.
Fotos aqui.