sexta-feira, 16 de novembro de 2007

33ª Meia-Maratona Internacional da Nazaré.

(Fotos de Isabel Almeida)

No passado domingo participei na 33ª Meia-Maratona Internacional da Nazaré, a chamada "Mãe" das meias-maratonas disputadas em Portugal, prova realizada todos os anos no segundo domingo do mês de Novembro.
A "Mãe" tem partida e chegada na marginal da Nazaré e é disputada num percurso em sistema de ida e volta (com o ponto de retorno em Famalicão, uma das três freguesias da Nazaré), tem um percurso quase plano na sua totalidade e desenhado de modo que após a partida os atletas passem de novo nessa zona (depois de uma pequena volta à vila).
O percurso esteve impecavelmente vedado ao trânsito, ao longo do mesmo os atletas tiveram ao dispor vários chuveiros, os quilómetros encontravam-se marcados e existiram 4 abastecimentos (água e esponjas).
Mesmo com a realização de várias provas no mesmo dia (numa das quais era mesmo sorteado um automóvel), completaram a "Mãe" 1217 atletas, dos quais 1143 do sexo masculino (93,92%) e 74 do sexo feminino (6,08%).
No sector masculino o pódio foi ocupado por dois atletas quenianos que correram como individuais, Johnstone Chebii (1h04m27s) e Benson Olenakeri (1h04m29s), e, pelo atleta português Lino Barruncho (1h05m48s) em representação do Maratona Clube de Portugal.
No pódio feminino esteve a queniana Flora Kandie (1h12m48s) do Clube Atletismo de Olhão, a russa Alina Ivanova (1h13m07s) em representação individual e a portuguesa Anália Rosa (1h13m07s) do Maratona Clube de Portugal.
A prova teve 7 escalões masculinos (Seniores, Veteranos I, II, III, IV, V e VI), 2 femininos (Seniores e Veteranos Senhoras) e 2 escalões destinados a deficientes.
Em simultâneo com a prova principal realizou-se a "Volta à Nazaré", prova com uma extensão de 8 quilómetros com partida e chegada na Nazaré e destinada a atletas juniores (masculinos e femininos), prova que teve 19 atletas classificados na meta (16 masculinos e 3 femininos).
Igualmente em simultâneo com a prova principal realizou-se a 2ª Caminhada, com uma extensão aproximada de 4 quilómetros e também com a partida e chegada na marginal da Nazaré, na qual participaram cerca de 200 pessoas.
Esta caminhada contou com a presença da campeoníssima Rosa Mota, a "madrinha" desta prova desde a 1ª edição que teve lugar no passado ano.
Rosa Mota que recorde-se continua após a realização da prova do passado domingo a deter o recorde feminino da prova principal (na sua posse desde o ano de 1989).
No sábado decorreu também a 7.ª Meia do Futuro, prova destinada aos escalões mais novos (Benjamins A e B, Infantis, Iniciados e Juvenis) em ambos os sexos, a qual registou a participação de 220 atletas classificados na meta (132 masculinos e 88 femininos).
§
Voltando à "Mãe", num dia que esteve lindíssimo e quente, o tiro de partida que assinalou às 11 horas do passado domingo o início da 33ª Meia-Maratona Internacional da Nazaré foi dado pela "nossa" Rosa Mota.
Parti para a mesma, na que foi a minha primeira participação na "Mãe", bem na cauda do pelotão e após alguns metros a passo iniciei um ligeiro trote, tentei depois localizar os meus acompanhantes, parei junto a eles e dei um beijinho à Vitória, troquei algumas palavras com a Isabel e de seguida comecei então a correr…
Depois da volta inicial à vila que fiz em ritmo baixo passei de novo na zona de partida, tentei mais uma vez localizar os meus acompanhantes, o que não foi fácil pois havia muitas pessoas a assistirem e a aplaudirem entusiasticamente os atletas, foi a Isabel que me viu e chamou quando passei por eles e tive que voltar um pouco para trás para mais um beijinho à Vitória.
Depois retornei à corrida…
Pouco depois passei pela placa do 5º quilómetro com um tempo a rodar os 28 minutos, na zona do 1º abastecimento bebi alguns goles de água e usei a esponja para me refrescar (procedimento que repeti nos seguintes 3 abastecimentos existentes até à meta).
Já na parte do percurso em direcção a Famalicão passei pela placa do 10º quilómetro com um tempo a rondar os 53 minutos.
Quando nos cruzámos com os atletas que já faziam o percurso de volta à Nazaré passou o atleta em cadeira de rodas, destacadíssimos passaram os dois quenianos numa corrida à parte, depois passaram mais e mais atletas…era só vê-los passar… o "pessoal" corre que se farta.
Em Famalicão estavam muitas pessoas nas ruas a assistirem e a incentivarem os atletas.
Após passar no ponto de retorno comecei também eu a ver alguns participantes que faziam o percurso que eu tinha acabado de fazer.
Cheguei ao 15º quilómetro com um tempo a rondar a 1h18.
Nos últimos quilómetros, como já tinha sucedido na última "meia" de Portugal, também desta vez não senti a quebra que então tinha sentido na "meia" de São João das Lampas (disputada no passado mês de Setembro), tendo conseguido chegar à recta da meta a sentir-me muito bem e quase constantemente a ultrapassar outros participantes, muitos deles com evidentes dificuldades.
Recta da meta onde consegui ver mais uma vez os meus acompanhantes, logo depois cortei a linha de chegada com o tempo de 1h47m45s (média de 5’06’’ por quilómetro).
Classifiquei-me no lugar 834 (terminaram 1217 atletas) e no escalão a que eu pertenço (Veterano III) ocupei o lugar 143 (terminaram 183 atletas).
Ainda na zona de chegada um elemento da organização simpaticamente mandou-me ir buscar uma água, a qual era entregue por vários jovens, os quais me pareceram felizes por estarem a ajudar a "Mãe".
À saída da referida zona de chegada recebi um saco que continha uma t-shirt, um prato da SPAL, um troféu, uma revista, um boné e uma caneta (em todas estas ofertas a alusão à edição deste ano da prova), no saco vinha também um delicioso bolo.
Conjunto de ofertas muito razoável a que terá só faltado a igualmente indispensável, para uma prova como a meia-maratona, bebida isotónica.
Mesmo não estando bem fisicamente (nas últimas semanas as coisas não têm estado nada bem) foi uma prova que gostei bastante de fazer.
Apesar de tudo que tenho ouvido e lido a respeito da "Mãe", a fortíssima impressão com que fiquei é que ela está bem "viva", uma respeitável "trintona" cheia de carisma e encantos, também possuidora dos segredos capazes de reunirem à sua volta, uma vez no ano, os seus muitos "filhos" espalhados pelo país.

Inevitavelmente almoçámos de novo na Nazaré, um almoço tardio mas que nos soube mesmo muito bem.
Saímos da Nazaré já depois das 4 horas da tarde.
No nosso regresso a casa passámos ainda por Alcobaça e por Fátima.

1 comentário:

Jorge Cerqueira disse...

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Olá meu amigo Antônio, boa tarde obrigado pela msg no meu blog, vc será sempre bem vindo lá, meus parabéns pelo relato da 33ª Meia-Maratona Internacional da Nazaré, as fotos da meia ficaram show, bom tempo que vc fez 1h47m45s é isso aí amigo e quem sabe um dia participamos de uma corrida dessas por aí.
Também gostei do seu relato no meu blog seu relatando sobre as suas conquistas (medalhas), cara eu só não tenho mais medalhas e troféus pq comecei a dar valor ao atletismo tarde, as vezes eu me arrependo de não ter começado cedo. Cara realmente a família é tudo e vc me permita a falar isso aqui mais vc tem uma esposa de ouro pq ela te apóia nas corridas, eu aqui em casa sou eu que cuido das fotos, guardo os números de corridas e outras coisas mais e quem sabe algum dia alguma empresa faça o encontro dos corredores para nós colocarmos os papos em dia e mostrar as nossas relíquias de corridas né que guardamos (Por exemplo medalhas, troféus, números de corridas, tênis, camisetas, pins e outras coisas mais, seria uma ótima idéia. Amigo desculpe a minha ignorância vc citou na msg do meu blog que guarda os DORSAIS, me explique o que é isso...
Desejo a vc boas corridas meu amigo.
Um abraço e boa semana