“O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito...São precisos rituais.
- O que é um ritual? - perguntou o principezinho.
- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu - respondeu a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas.”
Trecho de "O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry
O casal acompanhado com a criança, quase que empurrados pelo vento forte que se fazia sentir, entram “a correr” no prédio onde vivem. Momentos antes tinham saído do carro que o homem conduzia e que tinha acabado de estacionar bem defronte do prédio.
Passado algum tempo o mesmo homem sai a porta do prédio para a rua, está agora sozinho, veste um fato de treino e sente no rosto um vento frio, o qual não o parece incomodar, se tal se poder concluir pelo sorriso que o homem esboça ainda antes de dar início ao seu ritual.
Quase de imediato começa lentamente a correr e passados dois, três minutos avista o “terreno” para onde costuma ir, terreno que está quase deserto àquela hora, como quase sempre durante os dias de semana quando para ali vai correr.
Desce os degraus da escada que serve de “entrada” no terreno, sempre com um passo de corrida lento, e, completa uma, duas, três voltas ao mesmo terreno…
Passado esse período inicial que não terá durado mais que 25 minutos desde que saiu de casa, o homem “desata” a correr, a alguém menos atento até podia parecer que não se tratava do mesmo homem, não fosse o facto de passado o tempo necessário para o homem completar uma volta ao terreno voltar ao ritmo lento (parece que até mais lento) de corrida que trazia quando tinha chegado.
Não terá passado mais que um escasso minuto desde que o homem tinha recomeçado a correr lento quando “desata” de novo a correr…
O homem repete várias vezes o mesmo procedimento, quem as contasse veria que foram 8, corre rápido durante alguns minutos e lento durante um escasso minuto.
Após a oitava volta a “abrir” o homem continua a correr, de novo lentamente como quando chegou ao terreno, completa mais 2 voltas e regressa a casa não repetindo o caminho que tinha feito à ida.
À porta do prédio pára finalmente de correr, faz alguns exercícios de alongamentos e toca à campainha.
Pelo intercomunicador ouve a voz da sua “menina de ouro”, enquanto sobe as escadas olha a menina que já o espera à porta de casa, entram os dois em casa e fecha a porta, que se há-de de novo abrir já só no dia seguinte, para de novo saírem os três.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito...São precisos rituais.
- O que é um ritual? - perguntou o principezinho.
- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu - respondeu a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas.”
Trecho de "O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry
O casal acompanhado com a criança, quase que empurrados pelo vento forte que se fazia sentir, entram “a correr” no prédio onde vivem. Momentos antes tinham saído do carro que o homem conduzia e que tinha acabado de estacionar bem defronte do prédio.
Passado algum tempo o mesmo homem sai a porta do prédio para a rua, está agora sozinho, veste um fato de treino e sente no rosto um vento frio, o qual não o parece incomodar, se tal se poder concluir pelo sorriso que o homem esboça ainda antes de dar início ao seu ritual.
Quase de imediato começa lentamente a correr e passados dois, três minutos avista o “terreno” para onde costuma ir, terreno que está quase deserto àquela hora, como quase sempre durante os dias de semana quando para ali vai correr.
Desce os degraus da escada que serve de “entrada” no terreno, sempre com um passo de corrida lento, e, completa uma, duas, três voltas ao mesmo terreno…
Passado esse período inicial que não terá durado mais que 25 minutos desde que saiu de casa, o homem “desata” a correr, a alguém menos atento até podia parecer que não se tratava do mesmo homem, não fosse o facto de passado o tempo necessário para o homem completar uma volta ao terreno voltar ao ritmo lento (parece que até mais lento) de corrida que trazia quando tinha chegado.
Não terá passado mais que um escasso minuto desde que o homem tinha recomeçado a correr lento quando “desata” de novo a correr…
O homem repete várias vezes o mesmo procedimento, quem as contasse veria que foram 8, corre rápido durante alguns minutos e lento durante um escasso minuto.
Após a oitava volta a “abrir” o homem continua a correr, de novo lentamente como quando chegou ao terreno, completa mais 2 voltas e regressa a casa não repetindo o caminho que tinha feito à ida.
À porta do prédio pára finalmente de correr, faz alguns exercícios de alongamentos e toca à campainha.
Pelo intercomunicador ouve a voz da sua “menina de ouro”, enquanto sobe as escadas olha a menina que já o espera à porta de casa, entram os dois em casa e fecha a porta, que se há-de de novo abrir já só no dia seguinte, para de novo saírem os três.
11 comentários:
Beleza de crônica Antònio!! Parabéns pelo ritual. Suas raposas agradecem.
Lindo. Nem me apetece dizer mais nada.
Um abraço
Alberto Bastos
Que bom António! Quando se consegue (cada um sabe a que custo!) meter os treinos na rotina!
Há anos que não sei o que é isso...
Um beijinho para os meus 3 amigos!
Ana Pereira
Tambem gostava. De poder escrever assim, e de ter "uma menina de ouro"...
Um Abraço.
Bons treinos.
Amigo António
Uma sigla que tem muito valor para mim, vou-lhe dedicá-la:
"Que nunca por vencidos se conheçam"
A rotina positiva ,incluindo a corrida e os treinos, quando envolve "as coelhinhas" é sempre uma grande motivação para enfrentar tudo o que há de bom, e também o menos bom, na vida.
Que nunca lhe faltem as forças.
Receba um abraço.
Olá António!
Grande a força de vontade de após um dia de trabalho se dedicar a este ritual.
Acredito, que quando o tempo aquecer, o António passará a ter companhia.
Obrigado por tudo,
Luís Mota
“O Sonho comanda a vida”
Boa a crônica!
Como diz uma amiga minha : "os treinos devem ser um hábito, igual ao de escovar os dentes"
Força nesses treinos, amigo!
abraço
MPaiva
Olá António
Obrigado por passar no meu blog e deixado lá aquelas palavras simpáticas.
No Domingo espero estar com a sua carinhosa família.
Vou chegar lá por volta das 8h. Os acessos ao local vão estar encerrados bem cedo e nestas coisas eu gosto de chegar bem a horas.
Só espero não me perder como aconteceu quando fui para a Mendiga!!!
Um resto de Semana com bons treinos.
Receba um abraço.
ola amigo Antonio tudo bem? passei so para responder ao comentario! na vdd o tempo foi mt bom, mas como eu digo, houve quem fez melhor, mas como eu digo tmbem, um dia heide fazer melhor!
obrigado!
um abraço!
Marco Paiva
LINDO!
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