Se eu pudesse iluminar por dentro as palavras de todos os dias
para te dizer, com a simplicidade do bater do coração,
que afinal ao pé de ti apenas sinto as mãos mais frias
e esta ternura dos olhos que se dão.
Nem asas, nem estrelas, nem flores sem chão
- mas o desejo de ser a noite que me guias
e baixinho ao bafo da tua respiração
contar-te todas as minhas covardias.
Ao pé de ti não me apetece ser herói
mas abrir-te mais o abismo que me dói
nos cardos deste sol de morte viva.
Ser como sou e ver-te como és:
dois bichos de suor com sombra aos pés.
Complicações de luas e saliva
José Gomes Ferreira
2 comentários:
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Querido amigo Antônio, muito bom dia, vejo que além de bom corredor que vc é, vejo que também gosta de poesias, linda esta,,,Parabéns amigo.
Desejo um bom final de semana e boas corridas,
Um abraço,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.blogspot.com
Olá António (e família Almeida)
Obrigada pelas suas palavras. Gostaria muito sim, de conhecer alguns milagres...sempre esperei um milagre. Talvez tenham acontecido muitos ao meu redor, porém, aquele que mais desejei não se realizou. Apesar desta dor nunca ter fim, nem tréguas, atenua-se sempre um pouco quando leio "histórias" e "estórias" de milagres. Continuo a acreditar neles.
E as suas palavras enriquecem quem as lê. ficou à espera...
Um beijinho
Ana Paula Pinto
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