Eu também lá estive e a minha festa consistiu em percorrer mais uma vez a mítica distância da maratona, sem dúvida nenhuma a distância que mais prazer me dá fazer.
Tal como há um ano também passámos o fim-de-semana em Badajoz mas desta feita estivemos presentes no almoço de véspera, almoço num espaço e em condições que duvido se encontrem em muitas outras maratonas, resto de tarde na companhia da família Mota, de elementos do CALMA de Tomar e do Abutre-Mor, depois o recolher ao hotel, fazer os "tpc" com a Vitória e o dia de sábado a chegar ao fim não que sem antes houvesse tempo para mais uns breves momentos de convívio com a família Mota que tal como nós ficaram no Hotel Rio que este ano não estava tão cheio de portugueses como tinha estado em 2010.
"Manhã da maratona"
Ainda antes de entrarmos na ponte a Isabel ia tirando fotos, desviei-me para a esquerda em direcção à Vitória para lhe dar um beijinho, já após a travessia da ponte passou por mim um Abutre que ia com fome de correr, eu continuei num ritmo que à passagem ao 2º quilómetro rondava os 5 minutos por quilómetro.
Nos quilómetros seguintes ainda fui sendo ultrapassado por muitos participantes (decerto que muitos a fazerem apenas a meia), após o ponto de viragem encostei a um companheiro que ia num ritmo idêntico ao meu e segui junto dele sensivelmente até aos 10 quilómetros, altura em que ele foi ficando para trás, 10 quilómetros onde passei com 50 minutos de corrida, pouco depois a travessia de novo sobre o rio Guadiana mas pela bonita ponte pedonal, no final da mesma as minhas "princesas", ergui os braços e desenhei com os dedos das mãos o "V" de Vitória, cheguei junto delas e dei um beijo a cada uma delas.
Em Badajoz a maratona é de facto tratada como rainha, não há cá meias, minis ou algo parecido, há uma maratona, partem todos os que querem participar na maratona, quem não pode ou não quer correr a totalidade da mítica distância pode ficar nesse ponto onde ficaram esses 2 companheiros.
Eu segui para a segunda meia, como já esperava passei a correr sem ninguém por perto, de novo à entrada da ponte as "princesas" no apoio, a travessia da ponte agora feita a "solo", muito engraçado o contraste entre a 1ª e a 2ª volta do percurso, a placa com o "22" a ficar para trás, a longa recta até ao ponto de viragem durante a qual ultrapassei 3 participantes, em sentido contrário ia vendo passar alguns dos participantes entre os quais duas grandes senhoras das corridas de longa distância, duas senhoras que dispensam apresentações (Chantal Xhervelle e Carmén Pires), na passagem aos 25 o meu "garmin" a marcar 2h06', nos quilómetros seguintes fui ultrapassando mais alguns participantes, cheguei aos 30 quilómetros quase sem ter dado por isso numa altura que o "garmin" ia mostrando 2h35', pouco depois a segunda e última passagem pela ponte pedonal, nessa fase corria junto a um companheiro a quem tinha encostado ainda antes dos 30 quilómetros, no final da ponte ainda e sempre as "princesas" à minha espera, cheguei junto da Vitória que tinha na mão um gel para me dar, a Isabel estava mais para a esquerda.
Pouco depois a placa com o 32, pensar que faltavam apenas 10 quilómetros para o fim, chegar à placa com o número 36 apenas ligeiramente acima das 3 horas de corrida fruto de alguns minutos recuperados após a passagem aos 30 quilómetros mas insuficientes para que me pudessem fazer acreditar que seria possível bater as 3h30' mas que me faziam acreditar que podia vir a terminar com um tempo que fosse o meu melhor na distância mas a maratona é a maratona e até à meta esse objectivo de pelo menos fazer um pouco melhor do que já tinha feito, que surgia bem possível aos 36 quilómetros afinal acabou por se revelar bem complicado de atingir.
Já bem perto da meta tinha a Vitória à minha espera, dei-lhe a mão e juntos cortámos mais uma meta, o meu tempo final (3h33'23'') foi praticamente igual ao melhor que já tinha feito (3h33'24'' na 24ª Maratona de Lisboa em 6 de dezembro de 2009).
Pouco depois ainda com a Vitória pela mão foi-me colocada uma medalha ao pescoço e uma manta pelas costas.
Fiquei ainda algum tempo no espaço reservado aos maratonistas, espaço reservado mas em que os familiares e amigos podiam contactar com os maratonistas, espaço com vários tipos de apoio desde os abastecimentos líquidos e sólidos ao apoio médico.
No meu caso apreciei em particular o camião onde serviam cerveja.
"Já depois de correr a maratona"
Esta Maratona de Badajoz vale mesmo bem a pena uma viagem até Espanha não esquecendo também de voltar de lá com o depósito do carro atestado.
5 comentários:
Parabéns Almeida... pela prova e pela marca: mesmo por 1 seg. é uma melhor marca!
Abraço
Parabéns António, pela descrição da prova. Fiquei cheio de vontade de experimentar em 2012...
Não há realmente muitas organizações de Maratonas que se dediquem realmente ao Maratonistas. E que bela equipa de apoio tens!! Deve dar cá um gozo passar tantas metas com tal companhia!! Um dia destes ainda gostava de experimentar, mas ainda não tive tal sorte.
Abraço
António
Bem gostari de dizer, assim como tu, que a Maratona era a minha prova preferida. Depois de muito sofrer nas que fiz, gosto de ler quem diz que correr 42 km é um prazer.
:)
Não te sabia em terras de "nuestros hermanos" ainda te tentei ver em Sintra, afinal estavas bem longe.
Com a famíla por perto, mais uma Maratona para o espólio.
... E se quem corre por gosto não cansa, que venham mais Maratonas.
Abreijos para todos
Bela prova António.
Gostamos de estar na vossa familiar companhia.
Cumprimentos da família Mota
António;
Parabens!! vejo que disfrutaram com a tua participação nesta martona. E a coincidência de tempo é uma precisão fantástica.
Um abraço dos Xavier's
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