Grupo de maratonistas que viajaram no autocarro do "Mundo da Corrida".
Já na pista do estádio.
Fase inicial da maratona (saída do estádio).
No meio daquela confusão lá vi a Isabel e a Vitória que engrossavam a grande claque de apoio (a mais ruidosa era com toda a certeza) do pessoal que viajou no autocarro do "Mundo da Corrida".
Pouco depois e à passagem ao 1º quilómetro a rondar os 5 minutos pensei que tinha começado bem (há um ano tinha demorado uma eternidade para fazer esse 1º quilómetro).
Seguiram-se os quilómetros corridos naquela larguíssima Avenida Carlos III, a dada altura recebi o incentivo do Valdemar que na berma ia vendo passar o pessoal, pouco depois o do Brito que ia já a galgar terreno qual “tgv” do Entroncamento, nesses quilómetros fui sendo ultrapassado por muitos participantes, já após o ponto de retorno pude ver aquela massa quase uniforme e em movimento que em sentido contrário fazia o percurso já por mim feito pouco antes, completei o 5º quilómetro em pouco mais de 25 minutos e dentro do que esperava, bebi alguma água na zona de abastecimento, de novo nas imediações do estádio mas ainda com muitos quilómetros para correr passei por uma zona onde estavam os nossos apoiantes, a Isabel na berma da estrada nem teve tempo de "disparar" o botão da máquina fotográfica, logo de seguida avistei a Vitória, desviei-me para a esquerda, passei por trás dela e bati-lhe na mão.
A Vitória na claque de apoio.
Quase de imediato o marcador das 3h30' e o compacto pelotão que o seguia quase que me apanharam, cheguei a desviar-me para o lado pois pensei que eles me iam passar mas sem ter forçado continuei sem ser passado.
Nos quilómetros seguintes fomos levados para o "Parque del Alamillo", quilómetros bem fáceis, sempre com muita gente por perto, sempre com muitos incentivos à nossa passagem, já em pleno coração de Sevilha e numa das muitas rotundas passei pela Vitória (que estava com a Cátia, esposa do Nuno Santiago), sabia que Isabel não podia estar longe e pouco depois a meio da “Puente de la Barqueta”, uma das muitas pontes sobre o rio Guadalquivir, lá estava, à medida que me ia aproximando dela e dos outros apoiantes ia fazendo a festa.
Puente de la Barqueta - festa portuguesa.
Passagem aos 10 quilómetros a rondar os 50 minutos, com a primeira hora de corrida feita e com ainda 30 quilómetros para correr ingeri o 1º gel, as coisas corriam dentro do previsto por mim, cheguei aos 15 quilómetros com um pouco menos que 1h15', à medida que os quilómetros se iam sucedendo ia aumentando a certeza de que Badajoz não estava a "pesar" nas pernas, quase sem dar por isso cheguei à placa com o número 20, pouco depois na passagem à meia olhei o "garmin" e gostei do que vi (abaixo da 1h45').
Continuava adiantado ao balão das 3h30', ao completar a 2ª hora de corrida o que fiz sensivelmente com 24 quilómetros corridos ingeri um 2º gel, as placas iam-se sucedendo, recordo a do 22, a do 25 onde passei com 2h04', a do 27 e de então pensar que apenas faltavam 15 quilómetros para terminar.
O apoio popular continuava forte, o facto de ter a bandeira portuguesa na t-shirt que levava vestida ia fazendo com que fosse mimado sempre que passava por apoiantes portugueses e muitas vezes por espanhóis, também recebi vários incentivos por parte de vários dos voluntários que estavam nas zonas de abastecimento, Sevilha ficou-me gravado bem forte no coração também por isso.
Completei os 30 quilómetros com 2h29', a 12 quilómetros do fim e na fase crucial de uma maratona, numa das rotundas em que passámos a agradável surpresa da presença da Isabel, dos pais do Tiago, da esposa do Valdemar e de outros apoiantes portugueses.
Em maré de surpresas fui então também surpreendido pelos "balões" das 3h30' e do habitual pelotão de "seguidores", pensei então que ainda que inesperada aquela era uma surpresa que vinha mesmo a calhar e segui com eles.
Apanhado pelos "balões" das 3h30.
Durante esses quilómetros muitos foram ficando para trás, outros provavelmente ido para a frente, certo é que por volta do quilómetro 40, apenas eu e mais 2 ou 3 outros participantes seguíamos junto do duo dos "balões" das 3h30'.
Eu poderia nessa altura ter tentado apertar um pouco mas resolvi seguir junto deles o que fiz até à entrada no túnel, aí aproveitei a descida e embalei à procura da pista, já na pista foi grande a emoção que senti, continuei a passar muitos participantes, curva feita e já na recta da meta procurei no meio daquela bancada repleta de pessoas pelos rostos que mais ambicionava ver, já bem perto de cortar a linha de chegada vi por fim a Vitória que me ia acenando, também eu com o "V" formado pelos dedos da minha mão direita lhe acenei, logo de seguida cortei a linha de chegada da minha 9ª maratona, a 1ª vez abaixo das 3h30'.
Na bancada do estádio já depois de correr a maratona.
9 comentários:
Sim senhor,António !
Excelente prova, feita com uma regularidade impressionante, que acabou por dar o teu melhor tempo.
Foi a nona Maratona que "soube" a nona...sinfonia.
Parabéns, Mestre (agora é que é!).
Grande abraço.
Parabéns António por mais uma Maratona concluída com sucesso.
Dentro dos objectivos previstos.
Para quem lê a descrição da corrida, até parece fácil, mas não é.
com os cumps
J.Lopes
Olá António;
Agora tive a informação. Esse magnífico tempo foi possível devido aos balões, hein!!!.
Foram os balões que despertaram o teu interesse, e correste mais leve certamente.
FOI UMA EXCELENTE PRESTAÇÃO.!
PARABÉNS!!!
dos Xavier's
António,
Muitos parabéns pela excelente prova e pelo record pessoal de mérito, mas também pelo excelente e emotivo relato que nos deixas!
abraço
MPaiva
Olá António
Mais um excelente relato, de uma excelente Maratona.
Quero dar-te os parabéns pela marca, Sevilha é realmente o local ideal para bater recordes.
Abraço
Parabéns, grande corredor! E que reportagem a Isabel nos proporcionou (já nos habitou a bonitas fotografias: uma prova sem a sua reportagem fotográfica já não seria a mesma coisa).
Beijinhos a todos.
(adorei aquele céu rosado e luminoso)
parabéns antonio!
nadais
Antonio guerreiro, parabéns !!!!!rs
Uma bonita história António, a esta vale sempre a pena voltar.Abraço.
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