quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Há Palavras Que Nos Beijam.

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
§
Alexandre O'Neill

5 comentários:

Raquel disse...

Adorei...ele tem poemas muito bonitos.

António Bento disse...

"a não ser a de cada um,
com sua rima, seu ritmo"
o´neill = brilhante!
obrigado antónio
abraço
ab

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

É bom relembrar, é bom trazer aqui essas e outras palavras bonitas. Bonitas de beleza, bonitas de cruéis. Sejam nossas ou de outrem.

As palavras...

Por vezes António, consolo-me que posso perder ou não ter muita coisa, mas terei sempre as palavras.

As palavras, eternas companheiras. Em todas as horas. Até nas de silêncio e elas nos dançam na cabeça, nem sempre fazendo sentido...

Unknown disse...

Boas António

Obrigado pelo comentário no meu blog. Realmente a época já começou, espero fazer muitas provas este ano. Desejo-lhe para este ano, que conquiste os seus objectivos, tantos pessoais, como desportivos. O poema é lindíssimo, sou um apaixonado por poemas, deixo aqui um blog meu, onde coloco os meus pensamentos.

www.cparaquedista.blogspot.com

António Bento disse...

olá António
obg pela força!
Abraço, bons treinos e corridas
até breve
ab