Domingo, 7 de Dezembro de 2008, 9 horas da manhã - “entrei” a correr na Praça do Comércio no momento em que era dada a partida da 23ª Maratona de Lisboa, continuei a correr como já o vinha fazendo desde o Rossio e dirigi-me para a zona de partida onde já estavam muitos dos participantes da “prova aberta”, passei pelo meio deles e logo depois pelo pórtico da partida, nos metros iniciais tive logo os incentivos da família Mota (Luís Carlos, Mariana e Susan), sorri e acenei para eles, continuei a correr e aos poucos comecei a entrar no ritmo que pretendia, isto é, que me fosse confortável para cobrir a distância sem problemas de maior. Durante a longa recta até ao Dafundo, sensivelmente os primeiros 10 quilómetros da prova, fez-se sentir sempre um vento não muito forte e a chuva por vezes também marcou presença.
Primeiros 10 quilómetros durante os quais corri sempre com muita gente por perto embora corresse sem companhia, em determinada altura em que já nos cruzávamos com os atletas que já estavam de regresse vi o Luís Mota e trocámos cumprimentos, em Algés esperava-me um dos bons momentos da manhã de domingo, a companhia do meu amigo António Bento que comigo correu durante algum tempo, já depois do retorno e no momento em que nos despedimos, ainda o seu último conselho e a sua certeza de que esta (a maratona) era para menos de 4 horas, também eu na altura estava convencido disso mesmo, apesar dos 56’ com que tinha completado os primeiros 10 quilómetros da prova.
Logo depois, já no regresso à Praça do Comércio, apercebi-me que me tinha esquecido dos meus abastecimentos sólidos, restava-me a água.
Pouco depois, sensivelmente ao quilómetro 12, alcancei um grupo constituído por número razoável de atletas, o motivo daquele agrupamento devia-se ao facto de um atleta Italiano ter colocado nas suas costas um papel com a indicação de que corria para 3h55’, quem fosse para esse tempo só tinha que o seguir.
Pensei que era o ideal para mim mas também achei na altura que o ritmo a que seguiam era para mais de 4 horas e decidi seguir eu um pouco mais rápido…
Já muito perto da Praça do Comércio vi a Isabel que já estava na companhia da família Mota e que também já tinha os meus abastecimentos na mão para mos dar, o que o fez no momento em que me cruzei com eles.
Breve ida ao Rossio e pouco depois de novo na Praça do Comércio completei a meia-maratona com um tempo a rondar a 1h56’.
Ainda com o vento pelas costas seguiu-se a parte do percurso até à rotunda situada já muito perto do Parque das Nações, em sentido contrário seguiam os participantes da meia-maratona e também já muitos dos maratonistas, nessa fase cruzei-me de novo com o Luís Mota (nova troca de incentivos) e pouco depois foi a vez de me cruzar pela 1ª vez na manhã de domingo com o Joaquim Adelino que estava a correr a “meia”.
Já com o vento de novo pela frente e ainda antes de completar os 30 quilómetros de corrida (o que fiz com 2h45’ de corrida) vi em sentido contrário o Alberto Bastos (o meu companheiro durante grande parte da maratona do Porto) e mais uma vez nos cumprimentámos (já nos tínhamos visto após o retorno no Dafundo).
Na passagem pela Praça do Comércio, numa altura em que já muitos atletas terminavam a maratona, vi de novo a Isabel que me tirou uma foto e perguntei-lhe se a Vitória não vinha (para cortar a meta comigo)…
A família Mota aguardava já na zona de chegada pelo Luís mas ainda assim, mais uma vez à minha passagem, tiveram uma palavra de incentivo para comigo, que soube mesmo muito bem.
Após o 32º quilometro (passei sensivelmente com 2h57’) e até ao último ponto de retorno situado junto à Central Tejo, foi a parte do percurso em que senti mais dificuldades, foi a parte do percurso que achei que o vento soprou mais forte e que a chuva caiu com mais força, foi também nessa parte do percurso que o Joaquim Adelino que já corria em sentido contrário me tirou uma foto (o homem só pára mesmo para tirar as fotos) e que outro companheiro daqui da blogosfera me cumprimentou, o João Paixão (o homem que só pára na lua). Foi igualmente nessa parte do percurso que me recordei daquelas duas mulheres que há um ano correram a “meia” com camisolas iguais e nas quais estava estampada a foto de uma bonita jovem.
Primeiros 10 quilómetros durante os quais corri sempre com muita gente por perto embora corresse sem companhia, em determinada altura em que já nos cruzávamos com os atletas que já estavam de regresse vi o Luís Mota e trocámos cumprimentos, em Algés esperava-me um dos bons momentos da manhã de domingo, a companhia do meu amigo António Bento que comigo correu durante algum tempo, já depois do retorno e no momento em que nos despedimos, ainda o seu último conselho e a sua certeza de que esta (a maratona) era para menos de 4 horas, também eu na altura estava convencido disso mesmo, apesar dos 56’ com que tinha completado os primeiros 10 quilómetros da prova.
Logo depois, já no regresso à Praça do Comércio, apercebi-me que me tinha esquecido dos meus abastecimentos sólidos, restava-me a água.
Pouco depois, sensivelmente ao quilómetro 12, alcancei um grupo constituído por número razoável de atletas, o motivo daquele agrupamento devia-se ao facto de um atleta Italiano ter colocado nas suas costas um papel com a indicação de que corria para 3h55’, quem fosse para esse tempo só tinha que o seguir.
Pensei que era o ideal para mim mas também achei na altura que o ritmo a que seguiam era para mais de 4 horas e decidi seguir eu um pouco mais rápido…
Já muito perto da Praça do Comércio vi a Isabel que já estava na companhia da família Mota e que também já tinha os meus abastecimentos na mão para mos dar, o que o fez no momento em que me cruzei com eles.
Breve ida ao Rossio e pouco depois de novo na Praça do Comércio completei a meia-maratona com um tempo a rondar a 1h56’.
Ainda com o vento pelas costas seguiu-se a parte do percurso até à rotunda situada já muito perto do Parque das Nações, em sentido contrário seguiam os participantes da meia-maratona e também já muitos dos maratonistas, nessa fase cruzei-me de novo com o Luís Mota (nova troca de incentivos) e pouco depois foi a vez de me cruzar pela 1ª vez na manhã de domingo com o Joaquim Adelino que estava a correr a “meia”.
Já com o vento de novo pela frente e ainda antes de completar os 30 quilómetros de corrida (o que fiz com 2h45’ de corrida) vi em sentido contrário o Alberto Bastos (o meu companheiro durante grande parte da maratona do Porto) e mais uma vez nos cumprimentámos (já nos tínhamos visto após o retorno no Dafundo).
Na passagem pela Praça do Comércio, numa altura em que já muitos atletas terminavam a maratona, vi de novo a Isabel que me tirou uma foto e perguntei-lhe se a Vitória não vinha (para cortar a meta comigo)…
A família Mota aguardava já na zona de chegada pelo Luís mas ainda assim, mais uma vez à minha passagem, tiveram uma palavra de incentivo para comigo, que soube mesmo muito bem.
Após o 32º quilometro (passei sensivelmente com 2h57’) e até ao último ponto de retorno situado junto à Central Tejo, foi a parte do percurso em que senti mais dificuldades, foi a parte do percurso que achei que o vento soprou mais forte e que a chuva caiu com mais força, foi também nessa parte do percurso que o Joaquim Adelino que já corria em sentido contrário me tirou uma foto (o homem só pára mesmo para tirar as fotos) e que outro companheiro daqui da blogosfera me cumprimentou, o João Paixão (o homem que só pára na lua). Foi igualmente nessa parte do percurso que me recordei daquelas duas mulheres que há um ano correram a “meia” com camisolas iguais e nas quais estava estampada a foto de uma bonita jovem.
Ainda antes do ponto de retorno senti aproximar-se de mim um grupo de atletas, quase de imediato me ultrapassaram…olhei-os enquanto rapidamente me ganhavam avanço…na cabeça no mini pelotão…lá seguia o “Italiano” com o papel nas costas.
Após o ponto de retorno foi o deixar ir com o vento a ajudar, tinha quebrado bastante nos últimos quilómetros (ao contrário do que aconteceu no Porto) embora continuasse a correr sem dificuldades de maior e a continuar a achar que ainda podia baixar das 4 horas.
Perto do 40º quilómetro mais outro dos bons momentos da manhã de domingo, o Joaquim (depois de já ter completado a sua prova) estava à minha espera para correr comigo os quilómetros derradeiros, que se tornaram assim fáceis e muito agradáveis.
Quase 4 horas depois de ter “entrado” pela 1ª vez na manhã de domingo na Praça do Comércio, “entrei” de novo para concluir a minha segunda maratona, ainda antes passei pela Isabel que me sorria, já em cima do tapete olhei o relógio que marcava mais de 4 horas (no meu marcava menos).
O meu tempo foi de 4h00’46’’...superior ao registado por mim e explicado pela inexistência de um tapete de partida.
Terminava assim a minha 2ª maratona…na cidade mulher da minha vida…sem a Vitória…
Após o ponto de retorno foi o deixar ir com o vento a ajudar, tinha quebrado bastante nos últimos quilómetros (ao contrário do que aconteceu no Porto) embora continuasse a correr sem dificuldades de maior e a continuar a achar que ainda podia baixar das 4 horas.
Perto do 40º quilómetro mais outro dos bons momentos da manhã de domingo, o Joaquim (depois de já ter completado a sua prova) estava à minha espera para correr comigo os quilómetros derradeiros, que se tornaram assim fáceis e muito agradáveis.
Quase 4 horas depois de ter “entrado” pela 1ª vez na manhã de domingo na Praça do Comércio, “entrei” de novo para concluir a minha segunda maratona, ainda antes passei pela Isabel que me sorria, já em cima do tapete olhei o relógio que marcava mais de 4 horas (no meu marcava menos).
O meu tempo foi de 4h00’46’’...superior ao registado por mim e explicado pela inexistência de um tapete de partida.
Terminava assim a minha 2ª maratona…na cidade mulher da minha vida…sem a Vitória…
A 23ª Maratona de Lisboa teve como vencedores o russo Sergey Lukin com o tempo de 2h17’40’’ e a polaca Dorota Ustianowska com o tempo de 2h47’07’’.
De referir que pela primeira vez uma maratona em Portugal teve mais que 1000 atletas classificados na meta (exactamente 1003), em grande parte devido ao elevado número de atletas estrangeiros na prova (como habitualmente acontece), já que os portugueses foram menos de metade do total de 1003.
Voltarei a correr “maratonas” em 2009…
De referir que pela primeira vez uma maratona em Portugal teve mais que 1000 atletas classificados na meta (exactamente 1003), em grande parte devido ao elevado número de atletas estrangeiros na prova (como habitualmente acontece), já que os portugueses foram menos de metade do total de 1003.
Voltarei a correr “maratonas” em 2009…
Lisboa no meu amor, deitada
cidade por minhas mãos, despidas
Lisboa menina e moça, amada
cidade mulher da minha vida.
(excerto da letra da canção "Lisboa menina e moça" de Ary dos Santos,
(excerto da letra da canção "Lisboa menina e moça" de Ary dos Santos,
poeta nascido em Lisboa no dia 7 de Dezembro de 1937)
9 comentários:
Amigo António.
Em 2009 talvez já tenha a minha companhia, vamos ver se lá mais perto não perco a coragem.
Por agora limito-me a fazer a maratona lendo os vossos magníficos relatos, é um excelente exercício que vou repetindo sempre que passo por aqui.
Até Domingo
Um abraço aí para todos.
Grande António!
Esta foi uma história com princípio atribulado e que para ser totalmente feliz teve uma coisa a mais e uma pessoa a menos:
- A coisa a mais foram os últimos 46 segundos, que eram perfeitamente dispensáveis!
- A pessoa a menos foi a Vitória para o tradicional "Grand finalle" à moda da família Almeida!
grande abraço
MPaiva
Parabéns António por mais uma maratona. Para completar a vitória, só faltou mesmo a Vitória. Abraços
Boa, António!
Apesar de pensar que o tempo que fez está muito aquém daquele que pode fazer, chegar ao fim´em boas condições é sempre merecedor de felicitações amigas.
E gostei particularmente da forma como concluíu o relato: "Em 2009 farei mais maratonas !" Assim é que é, António! Tomou-lhe o gosto e vai ver que nenhuma outra prova enche tanto as medidas.
Faltam 2 meses para Sevilha!
Grande abraço.
FA
António,
Quer dizer, na verdade baixou as 4h, só não é o resultado "oficial".
Fica pra próxima.
Boas corridas, até domingo.
Boa António!
Conte sempre com o seu tempo, e tenho a certeza que se não ficou abaixo das 4:00 foi muito à conta, o tempo na classifuicação para mim é um mero formalismo que que conta é o meu tempo.
Muita força e um grande abraço!
Nuno
Olá António!
Fantásticas “Palavras de Corredor”!
Um excelente desempenho.
Foi a segunda maratona e ao que parece teremos mais em 2009.
Grande abraço,
Luís Mota
Sentidas Palavras, estas, as de Corredor. Simplicidade e emoção não apenas na corrida, mas também nos sentimentos de quem corre. É por isto, pela partilha e pela forma genuína como o faz, que todos os dias leio o seu blogue (também acompanho "outras corridas", embora nem sempre comente, tal como aqui).
O António faz parte de um grupo restrito que enriquece o meu mundo, ultimamente, tão vazio do prazer de correr. Vazio, mas não de costas voltadas. Com as suas (e outras) palavras continuo a ligação ao mundo de quem corre apenas "porque sim".
Obrigada pela referência à minha Margaret. Quando voltar a correr, a Meia ou, quem sabe, a Maratona de Lisboa, será com essa camisola que o farei.
Parabéns pela prova
Parabéns Antônio!
Em 2009 farei a minha primeira maratona e pela minha idade 48 anos o tempo limite será de 3h55min para ingressar no ranking brasileiro de maratonista. Com um bom treinamento tenho a certeza que conseguirei.
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