quinta-feira, 25 de outubro de 2007

27ª Corrida do Tejo.

No passado domingo participei na 27ª Corrida do Tejo, corrida disputada na marginal, entre Algés e Oeiras, numa distância de 10 quilómetros.
A partida marcada para as 10 h deu-se com um pequeno atraso.
Como em anos anteriores existiram as portas de partida (sub40, sub45, sub 48, restantes corredores) e os marcadores de ritmo (este ano com balões).
Ao longo do percurso existiram 2 abastecimentos, marcação dos quilómetros e vários pontos de animação musical.
Rui Silva no sector masculino, que já havia ganho em 2006, triunfou com o tempo de 29:05, à frente dos atletas espanhóis Chema Martinez e Jesus España, o campeão europeu dos 5000 metros.
No sector feminino triunfou Vanessa Fernandes com o tempo de 33:29 (29º lugar na geral), à frente das atletas Sandra Teixeira (que ganhou em 2006) e Inês Monteiro.
Seguiram-se os restantes milhares de participantes, dos quais 1444 eram do sexo feminino (20,15%), que deram o seu melhor e fizeram com que esta 27.ª Corrida do Tejo tivesse um razoável nível competitivo (quase 60 % dos participantes concluíram os 10 quilómetros abaixo da 1 hora).
A corrida deste ano com o limite de 8500 inscrições que esgotaram bastante tempo antes do dia da prova, teve 7165 atletas classificados na meta, faltaram pois à chamada 1335, o que representa 15,71%, percentagem que sendo inferior ao do ano passado (em 7000 inscritos concluíram então 5209, sendo que os 1791 “faltosos” representaram então 25,59 %), é mesmo assim uma percentagem bastante alta, difícil de entender sabendo que a inscrição para esta prova não é das mais baratas.
Será que existem os que se inscrevem só para ter direito à t-shirt?
T-shirt que tinha uma bonita cor laranja, e nas costas impresso o slogan desta edição, “Corre como nunca o fizeste antes”, alusão ao Nike+, produto inovador que permite a ligação de alguns modelos dos ténis Nike ao iPod.
Ainda em relação à t-shirt pareceu-me que os modelos estavam trocados (as de homens seriam as das senhoras e vice-versa), repito, pareceu-me...
No final cada participante recebeu um saco com uma água, uma bebida isotónica e uma barra de cereais. Cada participante recebeu também uma medalha da prova.
Em várias tendas os participantes tiveram ao dispor fruta, bolachas e gelatinas.
Esta Corrida do Tejo é uma prova que se faz sempre com muito agrado, bem organizada, com várias inovações, muito participada e sempre com um grande clima de festa à volta da corrida.
Uma referência final para louvar o comportamento das muitas pessoas que estavam a assistir e a aplaudir com bastante entusiasmo a passagem da corrida.

A minha corrida correu dentro do que eu esperava, em dia muito soalheiro foram 10 quilómetros entre Algés e Oeiras a correr ao lado do Tejo “saboreando” o que para mim, esta corrida tem de melhor, a vista espectacular.
Após o tiro de partida fiz os metros iniciais a andar, quando passei pelo local de partida já ia a correr, embora em ritmo lento, assim continuei até conseguir ver os meus acompanhantes (Isabel, Vitória, e os tios Ana e Manecas), saudei-os, passei por eles e bati na mão da Vitória, logo depois tentei encontrar o meu ritmo, fiz o 1º quilómetro abaixo dos 5 minutos, tentei depois aumentar um pouco o ritmo, passei à légua com 23:25, terminando com 45:47 (segunda légua em 22:22), com uma média final de 4:38 por quilómetro. Classifiquei-me no lugar 1137 (concluíram 7165 atletas).

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Corre como nunca o fizeste antes.

No próximo Domingo disputa-se a 27ª Corrida do Tejo, participarei na mesma com o dorsal 5602 e será a minha terceira Corrida do Tejo (anos de 2005 a 2007).
A "nossa" grande campeã Vanessa Fernandes vestirá a camisola com o dorsal número 1.
As 8500 inscrições disponíveis para esta prova esgotaram pelo que é de esperar que os cerca de 5209 atletas classificados na meta no ano anterior sejam largamente superados na edição deste ano.
Os já habituais treinos de preparação para esta corrida decorreram nos últimos quatro sábados no Estádio Nacional, nos quais estiveram presentes atletas do mais alto gabarito (Sandra Teixeira, Rui Silva, Francis Obikwelu e Vanessa Fernandes).
Como em anos anteriores dentro de dias os participantes poderão levantar gratuitamente o seu diploma de participação e um vídeo da corrida.
Na edição deste ano de assinalar com agrado que a t-shirt dorsal serve de bilhete de comboio ao contrário dos anos anteriores em que era necessário carimbar um "voucher" o que originava filas infinitas.
Também de assinalar mais uma inovação na edição deste ano que consiste na possibilidade de os participantes dentro de dias poderem visualizar em vídeo o momento em que cortarem a meta.
Domingo certamente que se vai manter o alto nível que esta corrida atingiu nos últimos anos.
Segundo as previsões o tempo estará bom ao contrário do ano passado em que era anunciado um temporal para o dia da corrida, o qual felizmente "atrasou-se" permitindo à grande maioria dos participantes concluírem ainda antes de começar a chover.
Para todos aqueles que vão participar nesta prova "Corram como nunca o fizeram antes".
Até domingo...

As minhas participações na Corrida do Tejo:

25ª Corrida do Tejo (23 de Outubro de 2005)
Foi uma das duas provas que corri durante ao ano de 2005 (a outra foi a "mini" da Ponte 25 de Abril), foi também a primeira vez que a Vitória se viu metida nestas "andanças", as quais lhe despertaram bastante curiosidade.
Corri com o dorsal 5144 e conclui com o tempo de 52:56 (o meu pior tempo na distância dos 10 quilómetros), média de 5:17 por quilómetro, classificando-me no lugar 2132 (concluíram 4501 atletas).

26ª Corrida do Tejo (22 de Outubro de 2006)
Em dia de anunciado e propagado temporal que felizmente deu tréguas durante a corrida, corri com o dorsal 4831 e conclui com o tempo de 47:28, média de 4:45 por quilómetro, classificando-me no lugar 1324 (concluíram 5209 atletas). Um grande beijo apaixonado para a Isabel que neste dia quase me meteu fora de casa face à minha indecisão.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Dia de treino longo.

No passado domingo realizei mais um dos treinos de eu mais gosto, um treino longo, corrida a baixo ritmo durante um tempo nunca inferior a 1h30.
Este ano tenho tentado realizar este tipo de treino uma vez por semana, o que tenho conseguido na grande maioria das semanas.
Nalgumas semanas tenho indo até à 1h45-1h50.
No passado mês de Agosto realizei 1 treino de 2 horas, foi num sábado e a Baia do Seixal testemunhou esse dia feliz, há mais de 20 anos que não corria durante tanto tempo seguido.
O do passado domingo embora só de 1h30 foi realizado num dos cenários em que eu mais gosto de correr, na praia à beira-mar (Costa de Caparica – Fonte da Telha).
Terminei este treino do passado domingo na mata do Inatel onde tinha a Vitória à minha espera.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Escapadinha ao Alentejo.

Aproveitando o feriado do passado dia 5 de Outubro demos uma "escapadinha" ao Alentejo. Ficámos alojados no Hotel Convento D' Alter (em Alter do Chão), um antigo convento Franciscano do Século XVI.
Durante o dia de sábado visitámos Castelo de Vide (localmente chamada de "Sintra" do Alentejo), Marvão (onde decorria o 2º Festival Islâmico) e, Portalegre.
Domingo levantei-me cedo e corri durante 1h15 pelos arredores de Alter do Chão (em Alter Pedroso, aldeia situada a cerca de 3 quilómetros e cuja origem remonta à Idade do Ferro, desfrutei de uma vista soberba sobre a planície e sobre Alter do Chão). Durante o dia visitámos a Coudelaria Alter-Real.

ALTER DO CHÃO

CASTELO DE VIDE

MARVÃO

COUDELARIA ALTER-REAL Tudo sobre a Coudelaria Alter-Real aqui.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

8ª Meia-Maratona de Portugal.

No passado domingo, dia 16 de Setembro, participei na 8ª Meia-Maratona de Portugal, prova com início no tabuleiro da ponte Vasco da Gama.
Simultaneamente decorreu a Mini-Maratona, prova não competitiva com aproximadamente 8 quilómetros de extensão.
Também na manhã do passado domingo decorreu o 14º Passeio Avós e Netos, no qual a Vitória e a avó Aida participaram, a mamã Isabel acompanhou-as e tirou as fotos. Este passeio teve início na porta Norte do Parque das Nações e terminou junto ao Pavilhão de Portugal, local de chegada das várias provas disputadas.
Esta Meia-Maratona de Portugal tem um significado especial para mim por ter marcado o meu "renascer" para a corrida faz agora cinco anos.
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Foi com o objectivo de participar na "mini" da meia-maratona de Portugal, que no ano de 2002, voltei a correr com alguma assiduidade.
Nas 3 semanas anteriores à prova, na companhia da Isabel, ao fim da tarde, depois do dia de trabalho, íamos correr para o terreno que fica perto da nossa casa.
Chegámos ao dia da prova, que nesse ano decorreu no dia 29 de Setembro, com a preparação possível, suficiente contudo para nos ter permitido realizar o percurso a correr. Nos dias que se seguiram continuámos a correr…
Um ano mais tarde voltaríamos à ponte Vasco da Gama, a Isabel participou de novo na "mini" na companhia de alguns familiares e amigos, eu corri pela primeira vez a meia-maratona de Portugal, a qual terminei com o tempo de 1hora43minutos25segundos.
Meia-Maratona de Portugal que seria a última prova em que participei no ano de 2003.
Mas não mais deixaria de correr...
Voltando à prova do passado domingo, após a breve e rápida viagem desde a nossa casa em Corroios chegámos ao Parque das Nações ainda não eram oito e meia da manhã, depois de ter deixado ficar a Vitória, a Isabel e a avó Aida no local de partida do "Passeio Avós e Netos", estacionei o carro e, dirigi-me para a zona de onde saiam os autocarros que levavam os participantes para cima do tabuleiro da ponte.
Começou a chover quando o autocarro em que eu seguia já tinha acabado de percorrer todo o tabuleiro da ponte. De repente nem queria acreditar do que me acabava de lembrar, …tinha-me esquecido do chip!
Quando saímos do autocarro, já tinha parado de chover e, timidamente o Sol começava a fazer-se sentir.
Os meus pensamentos continuavam concentrados no chip. Como é que me fui esquecer do chip?
Entretanto cheguei à zona de partida onde constatei a impossibilidade de realizar o aquecimento face ao espaço disponível manifestamente insuficiente.
Já passava das dez horas da manhã e, aos poucos o Sol perdia a timidez.
Na minha cabeça continuava a soar:
- Como é que me fui esquecer do chip?
- Como é que me fui esquecer do chip?
Perto da hora de partida o Sol agora já afoito ameaçava dificuldades não esperadas até pouco tempo atrás.

A partida da 8ª Meia-Maratona de Portugal deu-se à hora prevista (dez e meia da manhã). Também os milhares de participantes na mini maratona começaram a essa hora, uns a correr, outros a andar, o percurso até ao Parque das Nações.
Eu parti calmamente, passei aos cinco quilómetros com 28 minutos de corrida, pouco depois já no IC2 na zona do primeiro abastecimento bebi alguns goles de água e, continuei a correr num ritmo que permitia-me correr com bastante facilidade, os quilómetros iam-se sucedendo, entretanto em sentido contrário começaram a passar alguns atletas da prova de deficientes motores em cadeiras de rodas (ouviram-se palmas), coloquei-me estrategicamente mais à direita, quase de imediato vi os batedores da policia e o carro do director da corrida (professor Mário Machado) e, logo depois um grupo de atletas (todos Africanos) que iam no comando da prova (tornaram-se a ouvir palmas), pouco depois começaram a passar a espaços outros atletas...reconheci muitos deles…enquanto continuei a correr também os ia aplaudindo.
Depois começou a diminuir o espaço entre os atletas até começarem a passar quase em pelotão compacto mas muito alongado.
Passei por mais uma zona de abastecimento, sem sentir necessidade de beber água continuei a correr, cheguei à placa que indicava o 10º quilómetro e, olhei para os 56 minutos que o relógio ai colocado marcava (o meu marcava um pouco menos), quase de imediato estava no ponto de viragem, tinha corrido os primeiros 10 quilómetros com muita facilidade (muito graças ao ritmo baixo da minha corrida), decidi então aumentar ligeiramente o ritmo e, quando passei ao 11º quilómetro ia já num ritmo a rondar os 5 minutos/quilómetro, o qual mantive nos quilómetros seguintes, esse ritmo um pouco mais rápido do que o anterior permitiu-me continuar a correr com bastante à vontade e, também ultrapassar mais frequentemente outros participantes.
Passei ao 15º quilómetro com 1hora e 20minutos de corrida, tempo indicado no relógio existente no local, no lado direito centenas de participantes da "mini" caminhavam ainda em direcção à zona de chegada.
Eu também continuei a correr e a sentir-me muito bem, fui passando muitos atletas que já seguiam com alguma dificuldade, depois de passar o 16º quilómetro achei que estavam mais pessoas a assistir, também comecei a ver muitos dos participantes que já tinham concluído a "mini", passei depois em mais uma zona de abastecimento (localizada por baixo da Gare do Oriente) onde aproveitei para beber mais alguns goles de água, foi nessa zona que achei que os aplausos foram mais intensos.
Faltavam poucos quilómetros para terminar a prova, eu continuei a correr sempre com muita gente por perto e, cheguei ao 19º quilómetro sem sentir qualquer dificuldade, mesmo sem aumentar o ritmo com que tinha vindo nos últimos quilómetros ultrapassava quase constantemente outros participantes, quando passei pela placa do 20º quilómetro aumentei então finalmente o ritmo e, só o empedrado já no interior do Parque das Nações me fez retrair de fazer, naquela longa recta final, um "sprint" ainda mais forte do que aquele com que terminei a 8ª Meia-Maratona de Portugal.
O relógio da prova marcava 1hora 51minutos e alguns segundos (1hora51minutos20segundos foi o tempo registado por mim).
Mesmo não constado na classificação esta foi uma prova que eu gostei bastante de fazer e, das três "meias" que eu já corri este ano aquela em que senti menos dificuldade.
Pouco depois reencontrei a Isabel e a Vitória, esta estava impaciente para me mostrar a pintura que tinha na cara, uma bonita flor. A avó Aida estava ainda na zona de chegada a ver se me via chegar...
Tirámos depois mais algumas fotos e, regressámos de seguida a casa.

Termino referindo, em minha opinião, os aspectos negativos desta 8ª Meia-Maratona de Portugal, que foram, a inexistência de condições que permitissem o adequado e necessário aquecimento a quem corre a prova da meia maratona, a inexistência de qualquer tipo de animação ao longo de todo o percurso e, o reduzido público ao longo do mesmo percurso (inexistente por motivos óbvios em grande parte do mesmo, tabuleiro da ponte e IC2).
Como aspectos francamente positivos, refira-se a disputa da prova para deficientes motores em cadeiras de rodas, a separação das partidas das provas da "meia" e da "mini" (se bem que existiam muitos "infiltrados" na zona de partida da meia maratona), um percurso bastante fácil e, o número bastante significativo, embora o mais baixo dos últimos 4 anos, de participantes na prova da meia maratona (2040 atletas classificados na meta).

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

31ª Meia-Maratona São João das Lampas.

Chegámos cedo a São João das Lampas, bonita e acolhedora terra do concelho de Sintra, onde no passado sábado, dia 8 de Setembro, participei na 31ª Meia-Maratona de São João das Lampas, a segunda mais antiga do país na distância, prova afamada pela dureza do seu percurso e por isso apelidada de Meia de São João das "Rampas".
Decidi a meio da semana correr esta prova…
Após levantar o meu dorsal, tempo para apreciar a exposição referente a edições passadas desta meia maratona.
Também apreciei bastante a revista da prova, gostei em particular de alguns relatos de quem correu esta "meia" em edições passadas.
Excelente ambiente festivo na terra, diversificada e bastante boa a animação do local de partida e chegada (a música, o malabarista, os saltos dos pára-quedistas, os tambores, a banda, a marcha…).
Bastante simpático a existência no local de um bonito insuflável para os mais pequenos, diversão sempre tão do seu agrado (a Vitória fartou-se de pular).
De salientar a justa e merecida homenagem que a organização desta prova decidiu fazer a dois atletas de verdadeira eleição, Carlos Capítulo (a título póstumo) e Lucília Soares, ambos vencedores em São João das Lampas por seis vezes (ambos com 4 vitórias em anos consecutivos).
Lucília Soares que mais uma vez alinhou à partida da prova deste ano classificando-se em 3º da geral feminina (1ª veterana).
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A partida deu-se à hora prevista (17 horas) e após uma voltinha por algumas ruas de São João das Lampas, passámos de novo na zona de partida, para receber os aplausos do público, como dizia o speaker de serviço, público que não se fez rogado e aplaudiu com entusiasmo os atletas.
De referir que em simultâneo com a prova da "meia" decorreu a 4ª Mini Maratona, prova não competitiva com uma extensão de 5,5km.
Depois dessa fase inicial da corrida em clima de euforia e, após a saída de São João das Lampas seguiu-se uma longa descida, uma vista deslumbrante de campos que se estendiam a parecer não ter fim, campos que pareciam beijados suavemente por um Sol envergonhado e acariciados por uma brisazinha de fim de tarde.
Um fim de tarde que para mim estava a ser perfeito.
Perdido em contemplações chego à zona do primeiro abastecimento (ao longo do percurso existiram quatro abastecimentos com indicação prévia dos mesmos).
Após a descida, o inevitável, uma longa subida, também aqui uma vista esplêndida. Nesta fase seguia junto a um grupo de atletas que iam num ritmo idêntico ao meu.
Veio depois uma parte do percurso plano em que passámos por mais algumas terras, numa delas dois rapazinhos à beira da estrada de mãos estendidas à espera para bater nas mãos dos atletas.
Pouco depois outra imagem que também me ficou na retina, a do bebé que no seu carrinho de passeio assistia impávido e sereno à nossa passagem.
Ao longo do percurso sempre muitas pessoas na rua, à porta das suas casas, em grupos, sentados em muros em amena cavaqueira,…sempre muitos aplausos, sempre muitos incentivos ("até para o ano se Deus quiser" e "força, já falta pouco" são os que mais retive).
Muitos chuveiros ao longo do percurso disponibilizados pelas pessoas das terras, percurso certificado pela CNEC desde o ano de 1993, percurso que estava bem sinalizado e com os quilómetros marcados.
Na passagem por São João das Lampas, sensivelmente ao quilómetro 13, vejo a Isabel que me tira algumas fotos e que me diz que a Vitória está a brincar no coreto, olho para lá, chamo-a e, digo-lhe adeus.
Saio de São João das Lampas quando já chega à meta o vencedor desta meia-maratona, Peter Korir, atleta do Quénia, com o tempo "record" da prova de 1h05m01s, em femininos venceria Flora Kandie, também atleta do Quénia, também em tempo "record" de 1h15m23s.
No último terço da prova corri quase sempre só, fui sendo ultrapassado aos poucos por alguns atletas, senti alguma dificuldade a partir do 16º quilómetro, dificuldade que depois foi diminuindo com o aproximar da meta, onde cheguei ao fim de 1h49m16s de corrida.
Logo depois de cortar a meta recebi o beijo da Vitória.
O fim de tarde continuava, para mim, a ser perfeito…felizmente que há dias assim!
De seguida recebi uma medalha das mãos de uma simpática jovem, recebi também um saco que depois outros jovens igualmente simpáticos (elementos da marcha) iam enchendo com algumas lembranças.
O reencontro com a Isabel dá-se pouco depois, tempo para recuperar algum fôlego e, logo depois, mais umas corridinhas, agora com a Vitória (na tenda da Sportzone e no coreto).
Mais tarde, já de regresso ao carro, tivemos o prazer de conhecer pessoalmente a simpática Ana Pereira (A Maria Sem Frio Nem Casa).
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Concluíram a prova da meia-maratona 254 atletas, 235 masculinos (92.58%) e 19 femininos (7.48%), atletas que foram "brindados" pela organização com treze (13) escalões classificativos (9 masculinos e 4 femininos).
Eu terminei no lugar 206 da geral e, no meu escalão (M45) em 40º, escalão no qual terminaram a prova 44 atletas.
Dos referidos 254 atletas que concluíram a prova houve 183 atletas (72.05%) que o fizeram até ao tempo de 1h45m de corrida, número elucidativo do bom nível geral competitivo atingido nesta exigente e belíssima prova.
Termino com uma referência às 3752 fotos em http://www.ammamagazine.com/ referentes a esta 31ª Meia-Maratona de São João das Lampas, fotos tiradas pelos colaboradores da "Atletismo Magazine Modalidades Amadoras".
Para o ano que vem há mais.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Passeio pelo Minho.

NO MINHO
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Casitas brancas do Minho
Onde guardam os tesouros,
As fadas d'olhos azuis
E lindos cabelos loiros.
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Filtros de beijos em flor,
Corações de namoradas.
Nas casas brancas do Minho
Guardam ciosas as fadas.
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(poesia de Florbela Espanca)
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31.07.2007 - Durante 7 dias realizámos um passeio pela lindíssima e verdejante região Minhota.
Por coincidência começámos no mesmo dia em que no ano de 2003 também partimos para o passeio de 10 dias pela região da Beira Interior durante o qual visitámos as “aldeias históricas”.
Os mesmos 4 viajantes de há quatro anos tiveram este ano a companhia da Vitória, para a qual este passeio serviu de “baptismo” neste tipo de férias.
No primeiro dia deste passeio, ainda em Corroios, corri durante 45 minutos.
Saímos em direcção ao Norte já a meio da manhã, a Vitória fez uma boa “sesta” pelo caminho.
Almoçámos no Porto, tudo ainda demasiadamente familiar…
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“Vai fazer cinco anos que pela última vez eu e a Isabel tínhamos estado no Porto.
Também íamos visitar a região do Minho e a paragem na Invicta era o fechar de um ciclo, que começou por ser de grande esperança, viria mais tarde a dor, a desilusão de cada tentativa falhada, o sabor a sal, a revolta, o isolamento…
O amor que nos une fortaleceu-se como nunca durante esse período…corríamos atrás do sonho, do impossível, …quase só nós acreditávamos…e, tu sempre mais do que eu…porque, sabes querida, eu nunca tinha acreditado em milagres.”


Após o almoço saímos em direcção ao Alto Minho…
Ficámos alojados no lugar de Parada, aldeia do Lindoso (onde existe um castelo), a poucos quilómetros de Espanha.
Nesse primeiro dia ainda visitámos a aldeia do Soajo, sede de concelho até ao ano de 1852, aldeia famosa pela sua eira comunitária constituída por 24 espigueiros (o mais antigo datado de 1782). Assentes num afloramento de granito, cada espigueiro é inteiramente de pedra com excepção da porta que é em madeira.
A caminho do jantar, tempo ainda para uma breve paragem junto à albufeira da barragem do Alto Lindoso, barragem com 110 metros de altura (uma das mais altas construções de Portugal) e, uma central subterrânea situada a 340 metros de profundidade, barragem que faz parte do conjunto hidroeléctrico Alto Lindoso - Touvedo.
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01.08.2007 - A primeira paragem do dia foi nas termas de Caldelas, concelho de Amares.
Já no interior no parque da Peneda-Gerês, parámos na zona da albufeira da Caniçada, seguiu-se o Santuário de São Bento da Porta Aberta (a Vitória adormeceu e fiquei no carro com ela...período durante o qual caiu uma forte chuvada), santuário construído em honra ao antigo bispo e fundador da ordem beneditina.
Depois do almoço seguimos pelo Campo do Gerês (onde se encontra o Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas, a antiga aldeia comunitária submersa pela água da barragem). Junto à referida barragem de Vilarinho das Furnas, mesmo com chuva, tirámos algumas fotos.
A paragem seguinte foi nas Caldas do Gerês, localidade voltada para o turismo, nela se situam as termas do Gerês e, o muito bonito parque das termas.
Subimos depois à Pedra Bela, do local tem-se uma vista deslumbrante sobre os arredores.
As horas tinham passado mais depressa do que era desejado pelo que tomámos a direcção da Portela do Homem, passando por toda a Mata da Albergaria (zona de reserva com acesso condicionado e em que é proibido parar os carros), local verdíssimo.
Voltámos ao lugar de Parada (Lindoso) por Espanha.
Depois do jantar fomos assistir a um espectáculo circense que andava em actuações pela zona.

02.08.2007 – O dia começou da melhor maneira, levantei-me bastante cedo e corri durante 50 minutos.
Ontem ficou combinado que hoje visitaríamos o Bom Jesus de Braga, o Santuário do Sameiro e, a cidade de Braga.
Enquanto corria, como tantas vezes acontece, correu também o pensamento...

"Na semana entre o Natal e o final do ano de 2001, fomos a uma consulta ao Porto, após várias tentativas, tínhamos que saber “olhos nos olhos” se valia a pena continuar…
Nesse dia não regressámos a casa, tínhamos planeado visitar Guimarães e Braga.
No dia seguinte, visitámos o Bom Jesus de Braga, o Santuário do Sameiro e, a cidade de Braga. Nesse dia muito frio, em que estivemos quase sempre sós (quer no Bom Jesus, quer no Sameiro), a esperança que se renovava…a certeza...mais uma vez tentaríamos...”

Primeira visita do dia, o Santuário do Bom Jesus do Monte ou Santuário do Bom Jesus de Braga, localizado em Tenões, freguesia dos arredores de Braga.
Bom Jesus de Braga, local religioso e turístico e uma das maiores atracções da cidade, possui uma igreja, uma mata, um elevador hidráulico centenário e alguns hotéis.
Passámos toda a manhã no local.
Em Outubro decorrerá aqui a primeira das três provas daquele que será o 1º campeonato de corrida em escadas – escadórios, competição organizada pela Confraria Trotamontes (as outras duas provas terão lugar em Lamego e Viana do Castelo).
Depois do almoço visitámos o Santuário do Sameiro.
Já na cidade de Braga, enquanto fiquei no carro com a Vitória que entretanto adormecera, a Isabel, a minha irmã e meu cunhado visitaram a Sé Catedral (ex-líbris da cidade) e o Antigo Paço Arquiepiscopal Bracarense.
Já passava das seis e meia da tarde quando iniciámos o regresso ao nosso local de alojamento.

03.08.2007 – Dia reservado à diversão, fomos à “Bracalândia”, o parque de diversões que funciona em Braga há já 17 anos mas que está previsto encerrar em Setembro do corrente ano, como igualmente previsto está reabrir uma nova Bracalândia em Penafiel na primavera de 2009.
Parque em que mediante o pagamento do bilhete de entrada, válido para um dia, concede o direito de utilização ilimitada dos vários divertimentos existentes (exceptuando auto-choque para adultos).
De entre os muitos divertimentos existentes no parque, nós os cinco andámos no comboio panorâmico que percorre todo o parque, andámos nos elefantes voadores e nos aviões, a Vitória andou também com uma menina nos aviões só para os mais pequenos, assistimos aos espectáculos dos piratas e dos palhaços, visitámos o refúgio do barba ruiva, a Vitória andou uma voltinha no "space train" e, andou nas "chávenas loucas".
Mas o que a Vitória adorou mesmo foi a mina encantada com os seus anões (fizemos 2 descidas à mesma), a "bracalândia-dakar" (andou de certeza em todos os carros e mais do que uma vez) e, a descida do rio bravo (foi duas vezes com os papás e duas vezes com os tios).
A Vitória também achou muita piada ao chuveiro existente no recinto, chuveiro muito apreciado por todos nós em dia bastante quente.
Saímos do parque por volta das seis da tarde e todos gostámos bastante do dia que lá passámos.
Assim que começámos a andar de carro, a Vitória adormeceu e só acordou já muito depois de nós termos acabado de jantar.

04.08.2007 - Mais um dia em que comecei a fazer algo de que gosto mesmo muito…correr.
Saí de Parada e tomei a EN203 em direcção a Espanha correndo até chegar ao Lindoso e avistar o seu castelo, foram quase 45 minutos de corrida com o terreno bastante “inclinado”, à volta e com o terreno a “descer” demorei menos 8 minutos, para um tempo total de corrida a rondar a 1h22m.
Nesta ida e volta ao Lindoso cruzei-me com alguns habitantes dos locais por onde passei…cumprimentei com um “bom-dia” cada um deles…na certeza da retribuição do cumprimento.
Durante o dia visitámos as bonitas vilas de Ponte da Barca, Ponte de Lima e Arcos de Valdevez.
Começámos por Ponte da Barca, assim chamada devido à “barca” que fazia a ligação entre as duas margens do Rio Lima. Esta travessia seria bastante utilizada por peregrinos a caminho de Santiago de Compostela.
Seguimos depois para aquela que é a vila mais antiga de Portugal, Ponte de Lima, também o rio presente e unindo as duas margens dos mesmo a ponte medieval com os seus quinze arcos ogivais, a qual terá dado o nome à terra.
Terminámos o dia visitando Arcos de Valdevez, vila atravessada pelo Rio Vez.
Reza a tradição que em Arcos de Valdevez terá acontecido o confronto (grande batalha ou simples torneio entre cavaleiros?) entre as tropas de Afonso VII de Leão e de D. Afonso Henriques.

05.08.2007 - Passámos este dia, domingo, só nós os três (a Vitória, a Isabel e eu), a minha irmã e o meu cunhado foram como estava planeado a um casamento.
Dia aproveitado para retemperar forças após os últimos dias, de manhã aproveitámos para fazer um passeio a pé pelos arredores.
À tarde, depois da sesta da Vitória, enchemos de água a piscina que tínhamos levado e, a Vitória passou lá um bom bocado e gostou bastante.
Durante todo o dia ouviu-se música de lugares próximos que estavam em festa, de vez em quando também foguetes.

06.08.2007 - Dia de regresso mas aproveitado ainda para visitar Viana do Castelo e o seu centro histórico.
No alto do monte visitámos a basílica de Santa Luzia, ex-líbris da cidade de Viana.
Subimos ao zimbório e desfrutámos de uma vista deslumbrante sobre o estuário do rio Lima, a cidade e o mar.

“Em 2002 a concluir os breves dias em que visitámos a zona do Gerês, também estivemos em Viana do Castelo. No monte de Santa Luzia tirámos a última das fotos referente a esse passeio.
Nesse último dia de passeio (também de férias), já de regresso a casa, passámos pelo Porto, um semáforo vermelho fez-nos parar exactamente à porta do consultório que
durante os últimos anos tinha sido sinónimo de esperança. O regresso ao trabalho após essas férias foi penoso, demasiado penoso…
É por essa altura que surgiu a corrida de novo na minha vida…e, a Isabel correu ao meu lado…como sempre…até ao Parque das Nações em Setembro de 2002…também eu, corri ao seu lado…como sempre… até à noite de 25 de Julho de 2004.”